Jogamos: FIFA 18 diminui a velocidade e altera dinâmica da franquia
Nova versão para Xbox One e PlayStation 4 evolui nos gráficos e muda o jeito de controlar os jogadores
A E3 2017 começou com a tradicional conferência da Eletronic Arts, que sempre dá um espaço especial para suas franquias de esporte. FIFA 18 mostrou mais uma vez ser um dos segmentos mais importantes da empresa, abocanhando quase 15 minutos da apresentação. Uma série de mudanças foi apresentada, incluindo o gameplay e a nova história do modo Jornada, e o The Enemy teve a oportunidade de experimentar boa parte delas.
FIFA 18 é um dos jogos mais cadenciados da franquia. Depois de pequenas alterações na velocidade nos últimos dois títulos, a EA decidiu de uma vez por diminuir o ritmo do jogo, principalmente no que diz respeito á movimentação corporal dos bonecos.
Ainda que todos esses movimentos sejam cada vez mais fiéis à realidade, parece que o jogador demora mais do que o normal para conseguir se virar ou mesmo tocar a bola. A partida em si não perde a intensidade, pois a física de colisões e da própria bola continuam ótimas. Mas é inegável que o jogo fica mais truncado que o normal.
Os chutes, cruzamentos e toques curtos foram melhorados. Não há mais a sensação de algo tão “solto” ou quase perto do controle manual. O jogador com a bola no pé dificilmente errará um passe, mesmo que o dono do controle erre a direção por alguns centímetros.
Na parte dos cruzamentos, a melhor evolução parece ter sido no cabeceio. A versão disponível na E3 mostra um equilíbrio muito maior entre defesa e ataque na bola aérea. Os cruzamentos de linha de fundo que antes eram impossíveis para os zagueiros hoje parecem ter dado uma chance aos defensores.
FIFA muda pouco de um ano para o outro, mas em 2017 a diferença poderá ser sentida até por quem não é tão fanático assim
Os gráficos de FIFA melhoraram conforme o esperado. O motor Frostbite deixa tudo mais vivo, torna as texturas mais limpas e dá uma verossimilhança assustadora aos atletas. Há um evidente exagero no suor, nas marcas de pele e outros detalhes que poucas pessoas percebem nos jogadores reais, mas essa “hiperrealidade” dá a camada de simulação verdadeira que FIFA tanto procura.
Sujeitos como Paul Pogba, Zlatán Ibrahimovic, Luka Modric, Arjen Robben e o garoto-propaganda Cristiano Ronaldo estão idênticos, como sempre. Da chuteira ao modo de andar na comemoração.
Essas mudanças todas poderão servir de uma outra maneira no modo Jornada, que vai ganhar uma segunda temporada. O single-player que chamou atenção em 2016 volta com mais um capítulo da carreira de Alex Hunter, que agora recebe propostas grandiosas e segue para conquistar o mundo com a seleção da Inglaterra.
O acerto da EA com o Jornada foi tanto que os outros títulos de esportes da empresa receberão algo semelhante. Madden NFL 18 virá com o seu próprio modo história, com a participação do vencedor do Oscar Mahershala Ali.
FIFA muda pouco de um ano para o outro, mas em 2017 a diferença poderá ser sentida até por quem não é tão fanático assim. O jogo está mais lento, mais cadenciado e com um apuro gráfico ainda maior. Restam pouco mais de três meses para o lançamento do game, mas é de se esperar que FIFA 18 altere consideravelmente a dinâmica que a franquia implantou nos últimos anos.
A E3 2017 vai de 13 a 15 de junho, com as conferências começando neste sábado (10). O evento tem cobertura completa do The Enemy, então fique ligado para não perder nada sobre a maior feira de games do mundo.