Opinião: Sacy entra no panteão de ídolos dos esports

Do Counter-Strike quando criança, o campeão do CBLOL 2017 alçou o Brasil ao título mundial no VALORANT

Por Bruno Pereira 18.09.2022 17H00

Escrever o seu nome na história não é para qualquer um. Às vezes, quando criança, não conhecemos o tamanho do alcance dos nossos sonhos. Desde criança, Sacy esteve profundamente conectado com jogos, já que disputou desde cedo em sua vida partidas de Counter-Strike por influência de seu pai. No entanto, foi no League of Legends (LoL), desde cedo no cenário brasileiro, que Sacy finalmente seguiu um curso que praticamente foi natural para a sua vida.

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Passou por times semi-profissionais, chegou à RED Canids, foi reserva (atuante) na campanha do título da Primeira Etapa 2017 e depois ficou mais três anos na modalidade, com altos e baixos, mas claramente não sendo a melhor versão de si mesmo. Faltava algo. Naquela época não havia sonho. Em grande parte, na verdade, havia apenas a motivação mês a mês para tentar dar o seu melhor e garantir o sustento.

Quase que como um estalo, o lançamento do VALORANT em 2020 acendeu uma chama que talvez nem mesmo Sacy entendia que tinha. O gosto por jogos FPS sempre foi parte de si, bem como a competição. A desenvolvedora do jogo era a mesma Riot Games, atenta à comunidade profissional e geral. Havia ali uma oportunidade.

A oportunidade transformou-se em trabalho, e o trabalho criou o sonho.

Dois anos depois, Sacy conquistou o VALORANT Champions 2022, o mundial da modalidade, junto de seus companheiros pANcada, Less, aspas, saadhak e bzk. O brilhante time da LOUD, que é tanto experiente quanto novato, que dá bala e que respeita o tempo de suas estratégias. Que sabe sofrer para vencer, mas nunca se entrega quando é derrotada.

Uma equipe que é a cara de Sacy.

Foto: Divulgação/Riot Games

Com quase 25 anos completos de idade, Gustavo Rossi não apenas se transformou no "Senhor Riot Brasil" após ser campeão nacional de LoL e de VALORANT na carreira, mas agora também é o símbolo da reconquista brasileira. Um feito que choca norte-americanos e europeus, que se acostumaram em diversas modalidades a fazer chacota do Brasil, o país do FPS, no cenário mundial.

Sacy sem dúvidas crava o seu nome no panteão dos melhores jogadores brasileiros da história dos esportes eletrônicos, ao lado de nomes como FalleN, coldzera, TACO, fer, fnx, brTT, Nobru, Zigueira, psycho, entre outros.

Não concordou com algum?

Tudo bem. Tenho certeza de que nenhuma destas dúvidas passa por incluir Sacy entre os maiores.

Foto: Divulgação/Riot Games

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