Não é de hoje que o League of Legends (LoL)  tem seus problemas com cheaters ou trapaceiros; a questão também está longe de ser exclusiva do MOBA da Riot Games, e é quase uma constante em games com modo competitivo. Em 2021, o cheat conhecido como Trava Lobby foi amplamente debatido na comunidade e chegou a virar reportagem no The Enemy.

Ainda assim, a longevidade do LoL, que já tem mais de 10 anos sendo uma das grandes referências em jogos online, não vem à toa. Alguns casos acontecem, e não é difícil encontrar exemplos de cheaters que conseguiram “sobreviver” por bastante tempo ou até buscar o Top 1 da SoloQ, mas o esforço da Riot para combater bugs e exploits dentro de seu jogo é constante.

Procurando pelo YouTube, não é difícil encontrar bugs como o da Espada do Rei Destruído em 2014, que tinha seu tempo de recarga zerado automaticamente. Mais recentemente, a Lágrima da Deusa, popular Gota, fornecia mana infinita se usada em conjunto com a Yuumi.

No entanto, desde o vazamento do código-fonte do LoL, a impressão é de que as ocorrências aumentaram bastante.

Após o vazamento, a Riot tomou a medida de encerrar o suporte para seu cliente em sistemas operacionais 32-bits; de acordo com a própria empresa, essa mudança traria melhorias em segurança, anti-cheat e detecção de bots.

Em um primeiro momento, as impressões da comunidade foram positivas, mas os trapaceiros já encontraram maneiras de driblar o “inconveniente”.

Exemplos recentes são de um suposto script que bane automaticamente uma conta após vários reports em sequência; outro era o da Pedra Vigia Vigilante, que foi desativada da loja pois podia fornecer ouro infinito para o jogador.

Talvez o maior problema recente seja com o item Redenção. Combinado um bug que envolve as runas Calçados Mágicos e Predador, a habilidade ativa do item pode ser usada infinitamente por um jogador. Na SoloQ brasileira, um usuário conseguiu chegar ao elo Mestre abusando desse problema.

Recentemente, o campeão Tahm Kench também tem mostrado problemas na sua habilidade W. Usando um bug do jogo, é possível se “teletransportar” imediatamente para vários lugares do mapa, favorecendo ganks e jogadas que vão surpreender o adversário.

O vazamento do código-fonte é um golpe duríssimo para a Riot, que vai ter de se preocupar ainda mais com os trapaceiros — que já eram uma questão antes do ocorrido. De qualquer forma, é improvável que os cheaters sumam de uma vez do LoL ou de outros jogos online; infelizmente, o acesso a esse tipo de bugs e programas é bem fácil, e trazer soluções em questão de dias pode ser difícil.

O The Enemy entrou em contato com a Riot Games para um posicionamento sobre o assunto, mas a empresa afirmou que não possui uma declaração a respeito.

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