CS:GO: Honda dá um novo ar a FURIA em reestreia vitoriosa sobre a Dignitas

O jogador não empolgou como na estreia, mas mostrou a diferença que faz uma comunicação em PT-BR, além de apenas um AWP no time

Por Jairo Junior 24.06.2021 13H57

Honda não empolgou como na estreia, mas deu um novo ar para FURIA em sua reestreia pela equipe de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). O jogador voltou a titularidade após cerca de cinco meses no banco de reserva, enquanto junior ocupava a vaga. Foi recentemente que o próprio norte-americano pediu para ser sacado da equipe principal, dando uma nova chance ao jovem brasileiro.

O retorno de Honda aconteceu no primeiro compromisso da FURIA pelo Gamers Without Borders. A competição trata-se de um evento beneficente de US$ 1,5 milhão - cerca de R$ 7,5 milhões -, os quais serão doados ao combate da Covid-19, para quem mais precisa.

Nuke

A série que marcou a reestreia de Honda foi diante da Dignitas e o primeiro mapa foi a Nuke. Por lá, o menino de 20 anos fez um lado de contra-terrorista OK, com um frag de 10/10, no apertado 8 a 7 a favor dos furiosos. O mais importante foi a segurança que ele deu para o bombsite A, sempre matando o dele ou vingando o companheiro, enquanto suas mortes foram mais tentando oferecer retomadas complicadas de bombsite.

No segundo half a FURIA começou bem, mas sofreu uma queda imensa durante sete rodadas quase consecutivas. O jogo foi duríssimo até o fim, mas os brasileiros conseguiram levar a melhor na prorrogação, 19 a 17, com yuurih sendo o nome do jogo em um frag respeitável de 38/23.

Inferno

O segundo mapa do confronto contra Dignitas foi a Inferno. Nele, Honda jogou mais separado do time e foi menos acionado. O trabalho do jogador foi mais sobre coletar informações e cortar rotações e, no caso das informações, a função deu certo. Porém, o jogador não conseguiu fazer um bom trabalho de kills inicialmente e chegou a ficar 1/8. Quando foi chamado mais pra junto da equipe, ele voltou a capitalizar abates e a FURIA terminou a metade na frente em 11 a 4 como terrorista.

Na virada de lados, apesar de tentar resistir, a FURIA ainda mostrou superioridade para controlar o placar e sempre se manter bem a frente. Desta vez, foi o trio VINI, Kscerato e yuurih que desequilibraram o duelo e cravaram 16 a 9 a favor do Brasil na Inferno.

O saldo

A maneira como yuurih jogou mais confiante, solto e ligado nos lances não chega a ser uma surpresa. A verdade é que a FURIA inteira estava muito mais atenta em lances mais rápidos e críticos. Falando de fora, não vejo outro motivo para isso senão o efeito da comunicação em Português do Brasil. Pensar, falar e entender na sua língua materna ao invés de uma que você ainda não domina completamente, mudar completamente a forma como os jogadores encaram o jogo e jogam.

Este efeito provavelmente seria o mesmo com qualquer outro jogador brasileiro, mas também não deixa de ser algo proporcionado com a entrada do Honda.

Como dito anteriormente, Honda não acelerou e empolgou como na estreia. Até porque, seria quase impossível repetir o que foi feito naquele histórico jogo. Ainda assim, ficou claro como a FURIA voltar a jogar como um quinteto 100% brasileiro e ter apenas um AWP no elenco surtiu um efeito imediato.

Não sabemos como seria a longo prazo com junior. Talvez o time se acostumasse e encaixasse melhor o jogo com ele. Mas a curto prazo, fica claro que o caminho é usar honda, que ainda pode contribuir muito mais que hoje com mais tempo de treinamento junto dos companheiros.