Call of Duty: Modern Warfare tem o remaster que você queria

Levemente mais acelerada, versão remasterizada mantém a essência do clássico

Por Bruno Silva 02.09.2016 18H43

De todos os jogos da geração passada resgatados em versões remasterizadas, poucos geraram tanta controvérsia como Call of Duty: Modern Warfare. A estratégia de vendê-lo em um só pacote com Infinite Warfare, somada à rejeição pelo lançamento principal da franquia neste ano, deixou bem clara a preferência de boa parte da comunidade: muitos comprariam o game novo só para jogar o antigo.

Embora exista amor por ambos na Call of Duty XP, principal evento da franquia realizado neste fim de semana em Los Angeles, é impressionante a preferência da maioria pelo remaster, que foi o mais ovacionado da apresentação e o mais procurado durante o evento. Impressionante por se tratar de um jogo lançado em 2007, mas esperado, dado o legado e o impacto de Modern Warfare nos jogos de tiro.

Enquanto o multiplayer de Infinite Warfare têm suas qualidades (leia nossa prévia clicando aqui), Modern Warfare Remastered cumpre seu papel: resgatar o que consagrou Call of Duty com uma amada de polimento para adequar o jogo às resoluções da geração atual.

Como na maioria dos remasters, a melhoria gráfica é a principal. Não faltam comparativos entre as versões de 2007 e 2016 levando como base a campanha, e o multiplayer vai na mesma linha, ainda que suas melhorias não sejam tão drásticas quanto as do single-player. Assim como na campanha, os pontos que mais saltam à vista são texturas e iluminação.

Tivemos a oportunidade de jogar nos mapas Crash, Overgrown e Backlot, nos clássicos Team Deathmatch e Domination (no qual dois times lutam pelo controle de três pontos do cenário), em duas sessões que totalizaram cerca de uma hora de jogo. Embora a jogabilidade pareça levemente acelerada em relação ao original, a impressão geral é que sua essência permanece inalterada - do jeito que os fãs gostam.

O baque maior, entretanto, fica ao comparar a jogabilidade de Modern Warfare com a de Infinite Warfare - na primeira sessão, joguei o game novo logo antes do remaster e, na segunda, testei o remaster e em seguida joguei o lançamento. É interessante notar o quanto a franquia mudou nestes nove anos que separam ambos os títulos, especialmente em termos de movimentação, apesar de manter a mesma base de scorestreaks, perks e customização de armas.

A venda casada da remasterização com Infinite Warfare é passível de críticas, mas o fato de ambos virem em um mesmo pacote nos dá uma percepção única de como as coisas mudaram nestes anos, mesmo com a franquia passando por estúdios diferentes, pontos altos e baixo. Call of Duty mudou muito de 2007 para 2016, mas é possível perceber uma linha evolutiva que une estas duas pontas.