Seguindo a votação da Comissão Federal de Comunicações (FCC) que colocou um fim à neutralidade da rede nos Estados Unidos, empresas da indústria de tecnologia vieram a público lamentar o evento e seu possível impacto na Internet do país.

Ferrenha defensora da neutralidade, a Netflix tuitou uma mensagem em que afirma estar “decepcionada” com a decisão da FCC de acabar com a regulamentação que garantiu uma “era sem precedentes” de inovação, criatividade e engajamento cívil.

“Esse é o princípio de uma longa batalha legal. A Netflix fica ao lado dos inovadores, pequenos e grandes, para se opor à essa ordem equivocada da FCC”, escreveu a empresa.

Também em um comunicado, a Google afirmou que continuará promovendo os ideais da neutralidade da rede, mesmo com a aprovação das regras contrárias.

Continuamos comprometidos com as políticas de neutralidade da rede que majoritariamente recebem apoio público, foram aprovadas pelos tribunais e estão funcionando bem para todas as partes da economia da internet", indicou a companhia. "Nós trabalharemos com outros apoiadores da neutralidade da rede, grandes e pequenos, para promover proteções fortes".

O posicionamento é semelhante ao do próprio Twitter, que também afirmou que continuará a luta pela neutralidade.

O voto da FCC para dizimar as regras de neutralidade da rede é um golpe corporativo na inovação e livre expressão. Continuaremos nossa luta para defender a Internet aberta e reverteremos essa decisão equivocada”, afirmou a rede social.

Entenda o caso

Com a decisão da FCC, operadores podem dividir a internet em "pacotes", “estrangulando” a banda de concorrentes e exigindo de usuários que paguem mais para ter acesso a serviços com consumo maior de banda – como serviços de streaming de conteúdo, por exemplo.

A neutralidade havia sido instaurada em 2015, durante o governo de Barack Obama, e tratava a internet como um serviço de utilidade pública.