A Twitch revelou que a partir desta terça, 27 de julho, reduzirá os preços de inscrição para streamers, com o valor mais baixo caindo de R$ 22,90 para R$ 7,90 - uma redução de cerca de 66% para o público.
A nova tabela de valores confirmando a redução do preço pode ser encontrada em uma página do FAQ da companhia mostra os valores do Brasil e mais países da América Latina.
A Twitch também informou que a assinatura Tier 2 passaria a custar R$ 15,99, enquanto o Tier 3 passaria para R$ 39,99. Os preços das assinaturas nos smartphones também saem por valor diferente, com R$ 8,90 pelo Android e R$ 10,90 pelo iOS.
Em entrevista ao ge, o vice-presidente de monetização da Twitch, Mike Minton, disse que a tendência é que os streamers ganhem mais dinheiro com a redução do preço para valores mais convidativos para o público local.
Não só isso, durante os primeiros meses haverá um programa para impedir a queda de lucros nos canais com uma mudança abrupta.
"Fizemos alguns testes, temos uma quantidade de dados e estamos confortáveis de que os preços mais baixos não vão diminuir o lucro dos streamers", disse. "Os criadores vão ganhar mais dinheiro rapidamente, mas, por conta de nem todo criador ser o mesmo, nem todo o público ser o mesmo, todos os países serem um pouco diferentes, também construímos um programa para garantir que eles não vão ver uma queda nos lucros pelo próximo ano."
A proteção estará disponível para quem realizar ao menos 85% da "linha de base" da Twitch, definida pela sua média de horas de transmissão. Estes dados podem ser encontrados no Painel do Criador.
Minton também disse que é possível que o preço mude novamente no futuro, caso o plano não encontre sucesso.
"O que posso dizer é que o nosso interesse está alinhado aos streamers, e o que queremos é maximizar o lucro dos streamers. Se por algum motivo olharmos daqui um ano e ver que isso não está onde deveria, baseado em comparações com outros países, não teríamos medo de fazer uma segunda mudança de preços se necessário", declarou.
[ATUALIZAÇÃO]*: Em entrevista exclusiva ao The Enemy, Mike Minton reiterou o apoio aos criadores de conteúdo da plataforma e confirmou que a mudança foi pensada majoritariamente neles. Além disso, para ele, os valores anteriores no Brasil não estavam de acordo com a realidade do país.
“Nesses termos, sempre há questões de prioridade, e o streamer sempre vence as questões de prioridade. Então, qualquer uma dessas mudanças se baseia em acreditarmos que será o melhor para o streamer. Ponto final. Quando nós olhamos historicamente no Brasil, nosso preço era inadequado, então fizemos a mudança e beneficiamos os streamers”, concluiu.
*Reportagem adicional de Bruno Povoleri