Bom… o TGA de 2016… Se você acha que vamos falar da disputa do Jogo do Ano envolvendo Overwatch e Uncharted 4, saiba que está enganado. Overwatch é um ótimo jogo e, se você pensa que jogo online é necessariamente inferior a jogo single player cinematográfico só porque não tem campanha, acorda: é 2020. São propostas diferentes.
Uncharted 4 ganhou como Melhor Narrativa. É fato que muitas pessoas amam esse jogo, que ele é super lindo visualmente, tem explosões e os personagens são carismáticos, mas a história de Uncharted 4… Não tem nada demais. É filme de sessão da tarde gostoso de assistir, mas não é exatamente Cidadão Kane. Disputando com ele, tinha Firewatch, que é um baita jogo da Campo Santo e que tem uma das melhores e mais originais narrativas da geração, e Inside, que é um dos indies com umas das histórias mais legais dos últimos anos e que conta ela toda sem usar uma única palavra, nem em voz nem texto. Sabe o que Uncharted 4 merecia e não ganhou? Melhor Ação e Aventura, que ficou com Dishonored 2.
Outra injustiça de 2016 aconteceu no prêmio de Melhor RPG. Estavam concorrendo os excelentes Dark Souls 3 e Deus Ex: Mankind Divided, mas quem ganhou foi Blood and Wine, a segunda expansão de The Witcher 3. Quem jogou Blood and Wine sabe que esse é um dos melhores DLCs de todos os tempos, mas The Witcher 3 já tinha papado muito prêmio no ano anterior e foi sacanagem que uma expansão dele, que nem era standalone, tenha tirado a oportunidade de jogos novos e completos.
Para fechar a problemática edição de 2016, um dos jogos mais injustiçados da geração. Titanfall 2 é um game excepcional que foi jogado por quase ninguém simplesmente porque a EA resolveu lançar ele numa janela entre CoD e Battlefield. O coitado foi esmagado por essas franquias super populares. E, se não bastasse ele ter vendido pouco, chegou no TGA e o jogo também ficou sem prestígio. Titanfall 2 recebeu quatro indicações, incluindo a de Jogo do Ano, mas não ganhou nenhuma. Enfim… A vida não é justa.