O Facebook se juntou à lista de empresas de tecnologia prometendo ações contra grupos de ódio e usuários neonazistas em sua plataforma.

Na tarde desta quarta-feira (16), Mark Zuckerberg, CEO da empresa, afirmou que a empresa está acompanhando o assunto de perto e prometeu remover “ameaças de violência” da plataforma.

"Não há lugar para o ódio na nossa comunidade. É por isso que sempre removemos qualquer postagem que promova ou comemore crimes de ódio ou atos de terrorismo – incluindo o que aconteceu em Charlottesville", escreveu em uma postagem. “Com o potencial de mais comícios, estamos observando a situação de perto e iremos derrubar ameaças violentas”, escreveu.

Assim como outras ações de empresários e companhias do setor nos últimos dias, a postagem de Zuckerberg é motivada pelos incidentes do final de semana na cidade americana de Charlottesville, na Virgínia, onde confrontos entre manifestantes anti-racistas e supremacistas brancos resultaram em uma morte e em mais de 20 feridos.

“É uma desgraça que ainda precisamos dizer que os neo-nazistas e os supremacistas brancos estão errados – como se isso não fosse óbvio de alguma forma. Meus pensamentos estão com as vítimas do ódio em todo o mundo e todos os que têm a coragem de enfrentá-lo todos os dias”, lamentou o CEO da rede social.

Entre as ações já tomadas pela empresa está a deleção de links compartilhados dentro do Facebook de uma postagem do site de extrema direita The Daily Stormer, que publicou um artigo atacando a ativista Heather Heyer, atropelada e morta por um supremacista branco em Charlottesville. Anteriormente, o Daily Stormer já havia sido excluído dos serviços de hospedagem do Google e GoDaddy.

“É importante que o Facebook seja um lugar onde as pessoas com diferentes pontos de vista possam compartilhar suas ideias. O debate é parte de uma sociedade saudável”, completou Zuckerberg. “Mas quando alguém tenta silenciar os outros ou atacá-los com base em quem eles são ou no que acreditam, isso nos magoa e é inaceitável”.