Como forma de combater as notícias falsas (também conhecidas como “fake news”) ou informações erradas, o Google anunciou um novo programa voltado para a propagação do jornalismo: o Google News Initiative.

Esta iniciativa tem três principais objetivos: dar maior foco ao jornalismo correto enquanto combate a desinformação, especialmente com notícias urgentes ou de última hora; ajudar sites de notícias a crescer como negócios; e criar novas ferramentas para ajudar os jornalistas a fazer seu trabalho.

A empresa já havia criado um sistema semelhante na Europa, o Digital News Initiative, mas pretende investir em uma escala global, com US$ 300 milhões pelos próximos 3 anos.

Além desta iniciativa, a companhia também trabalha para criar um “laboratório de desinformação” com com o grupo FirstDraft, também focado em eliminar informações erradas ou falsas em notícias urgentes, e a desenvolver o senso crítico do público mais jovem com o programa MediaWise, elaborado com ajuda do Instituto Poynter, a Universidade de Stanford e a Local Media Association.

Ao que tudo indica, o Google tem planos de investir contra as “fake news” por várias frentes, incluindo no YouTube, onde há planos para citar notícias e artigos do Wikipédia em vídeos sobre teorias da conspiração.

O maior problema de iniciativas como esta, de acordo com críticos, é que o Google pode dar ainda mais controle e poder a grandes conglomerados de mídia em relação a veículos independentes, mas ainda confiáveis, sem falar no impacto do que uma das maiores corporações do planeta e uma das principais fontes de busca de informação no mundo pode definir como “verdade” e “mentira”.

Curiosamente, um estudo divulgado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) indica que notícias falsas são propagadas mais rapidamente que reais no Twitter principalmente pelo fator humano, por um público que julga estas histórias como mais interessantes ou que refletem sua visão de mundo.