Peça de Alan Rickman enfrenta problemas
Peça de Alan Rickman enfrenta problemas
Alan Rickman |
As acusações de censura começaram depois que Nicola anunciou o adiamento da estréia da peça, marcada inicialmente para o dia 22 de março. Em uma declaração publicada no site da companhia teatral, Nicola alega que foram descobertas muitas distorções nos relatos da morte de Corrie, o que levou a uma violenta controvérsia. Ele alega que a responsabilidade da companhia não é apenas produzir a peça, mas, "produzi-la de modo a impedir que argumentos falsos interfiram com a voz de Rachel". O New York Theatre Workshop negou que o adiamento tenha sido causado por pressão de líderes religiosos ou pessoas da área teatral. Segundo Nicola, nos dois meses de preparo para a montagem, a equipe de produção descobriu que eram grandes as possibilidades de facções ligadas aos grupos envolvidos no conflito político usarem a peça como plataforma para seus próprios interesses, o que era óbvio para qualquer um que já tenha ouvido falar do conflito árabe-israelense. A declaração afirma, ainda, que a equipe sente muito que sua necessidade de maior tempo para apresentar o trabalho seja vista como falha de comprometimento com a peça ou censura ao conteúdo.
Katherine Viner declarou ao The New York Times que está surpresa com o adiamento e que a peça é uma obra de arte e não de propaganda. Segundo o jornal, Alan Rickman já estava de viagem marcada para assistir à estréia novaiorquina.
O porta-voz do Royal Court Theater, Ewan Thomson, informou que outros teatros demonstraram interesse em trazer a peça para Nova York. Com o adiamento, a montagem será transferida para uma temporada de 36 apresentações no Playhouse Theatre em Londres com Megan Dodds novamente no papel solo.