Em Madden 15 a bola oval, de fato, chega à nova geração de consoles. Depois da edição 25, lançada para a geração anterior e atualizada para os novos consoles, Madden 15 finalmente traz o que jogador fã do esporte esperava ver.

Que bonito é

O poder dos novos consoles deixa ainda mais real o que já era belo na série. Os detalhes dos estádios e dos atletas estão lá com detalhes nunca vistos. Desde o reflexo de refletores nos capacetes, passando pelas características físicas de cada jogador e até mesmo as dezenas de tatuagens do quarterback Colin Kaepernick, por exemplo, estão lá. - ele aliás, está presente pela primeira vez, depois de resolvido um problema com os direitos dos desenhistas responsáveis. Por outro lado, mais uma vez a única ausência entre os treinadores é Bill Belichick, dos Patriots, que não pertence à liga de treinadores, com quem os direitos são negociados.

Algo ainda abaixo do esperado é a torcida. Parte importante dos jogos na vida real, os fãs ainda estão longe de serem bem representados, sendo apenas bonecos que sentam e levantam das arquibancadas. Jogar na neve, uma das coisas mais legais na vida real, também está mais realista. O acúmulo de neve nas laterais do campo é maior que no meio e dificultam a movimentação dos wide receivers, fazendo com que o jogo corrido seja o mais aconselhável. Porém, os running backs irão escorregar muito mais do que em um gramado em condições normais. As pegadas na neve também aparecem, mas ao ser derrubado, o corpo do atleta não deixa marca.

O jogo é físico

A engine "Ignite", que estreou na última versão do franquia, volta a se destacar na hora dos contatos. Os tackles não se repetem e o vigor físico do atleta influencia muito na hora de derrubar, ou não, o adversário. Um ponto fraco de Madden segue sendo o que acontece após o contato. Na queda e na tentativa dos atletas de se levantarem, apesar de não vermos mais partes de corpos se atravessando, os modelos ficam mais parecidos com aqueles "dummies" de teste de impacto, ou personagens do jogo "Pain".

Outro item que ainda exige trabalho na série é a participação do wide receiver na hora de brigar com o defensor para evitar uma interceptação. Os recebedores não assistem mais passivamente a ação do adversário, mas sua força não é muito eficaz nesses casos, mesmo contra defensores mais fracos.

 

D#, D#!!!

O gritos dos torcedores pela "Defesa", também era repetido por quem segurava o controle e foi atendido. Na hora de se defender, Madden 15 torna o jogador uma peça mais importante no jogo do que nas versões anteriores. De um mero expectador das ações defensivas, o novo modo permite que você tenha um controle sobre o momento de reação do jogador de linha depois do snap e também na briga com os protetores adversários na hora de tentar sacar o quarterback.

É possível também mudar o sistema de câmera em determinadas jogadas, selecionando um atleta e jogando o ângulo de visão atrás dele. Assim, o restante da defesa irá fazer sua parte, mas você fica livre para controlar apenas este atleta e posicioná-lo melhor, algo que ajuda muito quando a intenção é posicionar melhor um safety e ler as ações do QB para tentar a interceptação. Uma boa forma de deixar interessante o jogo nos dois lados da partida.

Mudando para melhor

Outras coisas mudaram no Madden e não decepcionaram. Uma delas é a forma de sugerir uma formação para o ataque ou defesa baseada na posição de campo e o momento do jogo. Tudo é baseado em estatísticas e essa ou aquela jogada é indicada por "apresentar 58,7% de sucesso e uma conquista média de 7,1 jardas por tentativa", por exemplo. Bom para velhos jogadores e interessante para quem quer aprender mais.

Chutar também está diferente, tanto com o punter quanto com o kicker. O controle permanece nas alavancas, mas agora a previsão de trajetória aparece em três possíveis linhas de chute, que indicam a provável posição do chute de acordo com a força que você aplicar. O vento também é fator no chute e as linhas de trajetória "balançam" mostrando a influência que o fator climático fará no chute.

Por fim, a ambientação da transmissão também foi melhorada. Com o retorno de Jim Nantz e Phil Simms, além da repórter Danielle Bellini na transmissão, mas agora com frases mais interessantes e menos repetitivas.

Conclusão

Com seus consagrados sistemas de jogos apresentando evolução, sabendo rir de si mesmo com a transformação de um bug, que deixou um jogador com cerca de 20 centímetros de altura, em um desafio para o Ultimate Team, Madden 15 segue cumprindo bem seu papel em uma modalidade que não tem concorrência no mundo dos videogames.

Madden 15 está disponível para PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox One e Xbox 360

Nota do crítico