Não apenas de empresários e consumidores compulsivos é feito o mundo virtual de Second Life. A comunidade online, comumente considerada como um jogo e um celeiro nerd com os mais diversos tipos de bizarrices, agora, conta também com o terrorismo.

Inofensivo e diferente dos ataques reais de grupos extremistas, o Exército de Libertação de Second Life luta pelo fim do domínio da Linden Labs, criadora da comunidade e, portanto, legisladora.

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Não deixa de ser exagero. A massa de 4 milhões de usuários não tem muito do que reclamar, já que a Linden Labs apenas pede para que os cidadãos virtuais vivam em paz e respeito mútuo, aplicando punições que podem chegar à exclusão caso os jogadores não se comportem.

Armados com bombas programadas em linhas de scripts, o máximo que pode ser feito pela SLLA (Second Life Liberation Army) é apagar por alguns segundos gráficos empregados em construções e avatares. Outros ataques são feitos através de pistolas de impacto, que quando utilizadas mandam os residentes para alguns "metros" de distância.

Mas, o que pode ser considerado brincadeira de criança para muitos, para os criadores da "iniciativa política" parece ser coisa séria. Em seu site oficial, o grupo diz que busca os direitos dos avatares contra o autoritarismo da desenvolvedora do software, porém afirma que não causará danos às operações da empresa ou de qualquer outro site estrategicamente importante para o sucesso de Second Life.

Encabeçado pelo residente Marshal Cahill, o grupo diz que doações podem ser feitas diretamente para ele e que respostas serão dadas às mensagens instantâneas mandadas dentro do jogo.

O "exército" já atacou durante um evento virtual no auditório da Reuters dentro dos servidores, no Fórum Econômico Mundial.

Entretanto, mesmo com todos os ataques e burburinhos, a Linden Labs parece tranqüila e até se divertir com o caso. "Acreditamos que os recentes eventos envolvendo o protesto da SLLA não possuem intenções maliciosas", explicou a diretora de marketing da companhia, Catherine Smith.

Punições só serão aplicadas caso residentes sejam constantemente perturbados pelas ações do grupo virtual.

Quartel general do grupo no SL (Apenas para quem possui o software instalado)

Blog do grupo, com lista de ações

Site oficial do grupo