O conselho de educação do Estado da Georgia, nos Estados Unidos, decidiu manter os livros da série Harry Potter nas bibliotecas das escolas locais. A decisão é uma resposta à tentativa de uma mulher de retirar os livros de Joanne Rowling das bibliotecas das escolas sob a alegação de que Harry Potter é nocivo às crianças.

O conselho de educação do condado de Gwinnett, onde estudam os filhos de Laura Mallory, a autora da ação, já havia negado seu pedido. Ela, entretanto, decidiu apelar à instância estadual. O conselho da Georgia, então, argumentou em sua decisão que os livros são bons instrumentos para encorajar as crianças a ler e para incentivar a criatividade e a imaginação.

Laura Mallory já declarou nunca ter lido qualquer um dos livros de Joanne Rowling, mas alega ter percebido nas poucas cenas que viu que os livros fazem parte de um plano para ensinar bruxaria às crianças e que estão repletos de cenas de possessão demoníaca. Ela não explicou, no entanto, porque se acha no direito de proibir outros pais de tomarem a decisão de deixar ou não seus filhos terem acesso à série.

Segundo a Associated Press, essa é vez de número 115 que a série Harry Potter sofre ataque semelhante nos últimos seis anos. A pleiteante da Georgia já disse que pensa em levar sua luta à justiça. Ela diz ter trabalhado como missionária ao lado do marido em países onde a bruxaria é praticada, e esse seria o motivo de encarar o assunto como uma ameaça real.

Banir todos os livros com menções à bruxaria significaria, na opinião do conselho estadual, retirar das bibliotecas títulos como o clássico shakespeareano Macbeth.

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