A Ópera de Sydney

A cidade vista da Ópera

Royal Gardens

Darling Harbour

Sydney Aquarium

Sydney Aquarium

Bondi Beach

Vinte e seis horas de viagem depois, cheguei a Sydney, Austrália, a convite da Warner Bros para assistir a dois dias de filmagem de Superman Returns, novo filme do Homem de Aço atualmente sendo rodado na cidade por Bryan Singer. Porém, como meus compromissos aqui ainda não haviam começado e tive um dia inteiro para tentar colocar o corpo - quebrado pelas três escalas e infinitas horas de vôo - em ordem, consegui passear um pouco. E você sabe como nós aqui do Omelete somos. Não podemos nos divertir sem transformar o motivo da diversão em artigo para os nossos leitores! Assim, segue mais uma Borgorragia Especial turística!

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É engraçado o que acontece quando se faz muitas escalas. Como todas as salas de embarque dos os aeroportos se parecem - fora um ou outro artigo no Duty Free ou uma marca de cerveja esquisita no barzinho da sala de embarque - parece que nem saímos do lugar. Cinco horas pra chegar a Santiago do Chile? Uísque escocês, cigarros made in USA, chocolates suiços e artesanato local. Mais dezesseis até Auckland, Nova Zelândia? Uísque escocês, cigarros made in USA, chocolates suiços e artesanato local. Mais três até Sydney? Não faço a menor idéia. Já nem considerava mais as lojas. No entanto, a caminho da imigração lotada, meio morto-vivo, dei de cara com o Super-Homem. Mas ele já encontrou o Brandon Routh?, você deve estar se perguntando. Nada disso. Ali naquele estado de completo cansaço, assim que saí do túnel de desembarque havia um pôster com um bebê voando, vestido de Super-Homem. Era a primeira de uma série de fotografias tema-livre no terminal. Curiosamente, serviu para me despertar. Imediatamente o morto-vivo lembrou-se do que iria fazer ali e bateu um ânimo. Pro inferno com o jet-lag, tenho três dias em Sydney e pretendo aproveitá-los!

Ainda na imigração - que leva MUITO a sério o problema de entradas de doenças agrícolas ou coisas que possam contaminar sua fauna por aqui - tive contado com o meu primeiro aussie. Surpresa! Eles falam mesmo hi, mate! E eu achando que era só charme do Caçador de Crocodilos...

Ao sair dali, desejoso de economizar o dinheiro do Omelete, descobri o trem que os caras têm para ligar o aeroporto à cidade. Espetacular. Enquanto um táxi vai levá-lo pelos já tradicionais 50 dólares até o hotel, o confortável trem de dois andares - custando 11 dólares australianos (pouco mais de 8 dólares) circula em dez estações que levam ao centro dos principais bairros da maior cidade da terra dos cangurus em 15 minutos. Já gostei da cidade.

Devidamente instalado e limpo, posso começar a maratona exploratória. O primeiro destino é fácil... a Ópera de Sydney fica pertinho do hotel e vou até lá caminhando. Mas não sem antes quase ser atropelado... as mãos de direção aqui são invertidas. Felizmente os motoristas são incrivelmente cordiais e param para as pessoas atravessarem a rua.

O passeio pelo interior da Ópera foi um tanto caro, mas necessário, já que eu sabia que não teria tempo para conferir peça alguma. E valeu a pena. O lugar é ainda mais bonito que as fotos e o guia sabe o que faz. Começa pela menor sala de espetáculo (verdade ou não, parece que Nicole Kidman e Mel Gibson começaram suas carreiras aqui) e segue mostrando cada vez mais detalhes interessantes do teatro, que culmina na monumental sala de concertos.

Logo adiante do edifício começa o Royal Botanic Garden. Trata-se, sem dúvida, do parque mais bonito que já visitei - e duvido que exista outro igual. Dá pra se perder dentro dele, descobrindo surpresas como a área dos morcegos gigantes (eles não atacam ninguém, ficam lá no alto das árvores), os viveiros diversos, jardins temáticos e muuuuuuuuuuuuito espaço para esportes, cooper e piqueniques. Espetacular. Voltei outras três vezes lá mais tarde.

Continuando a caminhada pela cidade, outra surpresa. Deparei-me com banners do Museu de Metrópolis enfileirados ao longo da rua mais chique da cidade, a Market Street. Aparentemente, o local foi utilizado numa filmagem noturna um dia antes como a rua que leva ao museu da cidade. Mais detalhes sobre isso, no entanto, só poderemos contar dentro de alguns meses... já que ainda é cedo demais para informar as coisas incríveis que descobrimos na visita aos estúdios Fox sobre Superman Returns.

De lá, fica pertinho o charmoso Darling Harbour, um porto que abriga dezenas de cafés, bares e restaurantes bacanas. É lá também que fica o famoso aquário da cidade, que conheci no segundo dia, afinal, o primeiro já chegava ao fim e o cansaço batia. Hora de me perder mais uns minutos por uns bairros diferentes antes de voltar ao hotel e desmaiar.

No segundo dia eu tinha apenas 6 horas, pois a primeira visita começava no meio da tarde. O primeiro destino: O Sydney Aquarium com sua coleção completa de fauna marinha da região. O destaque são as mostras interativas, nas quais é possível tocar coisas nojentas como estrelas do mar, moluscos e toda a turma do Bob Esponja. Porém, estupidamente não há banheiro algum por perto... fique com o braço cheirando a peixe e molhado durante uns bons 15 minutos. De lá, visita ao bom e velho crocodilo de água salgada, às focas (meio capengas) e ao bacana túnel de vidro que passa dentro da piscina dos tubarões. São uns 6 ou 7 tipos desses predadores, do pequeno lixa ao grande branco.

Depois, fui correndo ver uma apresentação de dança e música aborígene no New South Wales Museum. Quebrei a cara. Ela não acontece mais desde janeiro e o meu guia estava desatualizado. Mas valeu conhecer o local por dois motivos: o primeiro é, claro, o acervo de arte moderna (incluindo algumas peças aborígenes contemporâneas). O outro tem relação à arquitetura e - novamente - a um certo Homem de Aço... mas, novamente, não posso comentar isso agora. Tudo o que você precisa saber é que dentro de alguns meses teremos a maior e mais completa série de artigos sobre o filme do Azulão que você já viu... aguarde!

O terceiro dia foi tomado por uma indicação da assessora de imprensa da Roadshow Pictures. Eu supostamente não deveria sair de Sydney sem conhecer Bondi Beach, a praia mais famosa daqui. E, devo admitir, a simpática Danielle estava corretíssima! Oceano azul, pedras e areias brancas e trilhas através dos penhascos que ligam as praias com vistas espetaculares. O passeio terminou num campo de golfe, onde - temeroso de tomar uma bolada no crânio - fui ver umas gravuras em baixo-relevo aborígenes. As figuras eram meio bestas, mas o lugar, novamente, incrível. Dá pra entender porque um aborígene passaria seus dias sentadão ali desenhando na pedra. Coloquem uma conexão banda larga e eu faria o Omelete dali sem problemas.

Mas agora chega de papo. Tenho que trabalhar e volto amanhã para a base de operações omelética.

Later, Mates!