Pokémon: A trágica verdade sobre Phantump

Não são poucos os enigmas de Pokémon que ainda carecem de respostas. Talvez o mais inquietante deles, porém, seja o estranho fenômeno que os monstrinhos se originam de seres humanos mortos. 

Como abordamos anteriormente, Froslass e Yamask são exemplos deste fenômeno. Talvez você não saiba, mas Phantump também se encaixa nesta categoria. A verdade sobre esse Pokémon, porém, é tão comovente e trágica que aconselhamos que separe um lencinho. 

Vidas encerradas cedo demais

Por mais que seja um Pokémon tipo fantasma, Phantump emana uma aura de doçura e alegria. Introduzido na sexta geração (X/Y/Omega Ruby/Alpha Sapphire), o monstrinho possui um rosto espectral oculto por um toco de árvore – traço que indica sua história de origem. 

De acordo com a PokéDex de Pokémon Sun, Phantumps são basicamente “tocos de árvore possuídos por espíritos de crianças que morreram na floresta”. Essas pobres criaturas são conhecidas pelo som assustador que emitem, que lembram gritos. 

Os fãs acreditam que o tipo fantasma é inspirado em kodama, espíritos do folclore japonês conhecidos por possuírem árvores. Na cultura pop, a representação mais conhecida de kodama é a de Princessa Monoke, do Studio Ghibli. 

O mito de kodama

Assim como Phantump, acredita-se que os kodamas emitem sons que ecoam por florestas e vales, um fenômeno conhecido como “yamabiko”. Caso alguém derrube uma árvore kodama, esta pessoa se torna amaldiçoada. 

Os mitos relacionados ao kodama varia dependendo da geração, e uma das crenças mais comuns enxerga esses seres como espíritos anciãos fortes e poderosos, sendo responsáveis por proteger as florestas do Japão. 

Nos games, o conceito de kodama já deu as caras em diversos jogos. Por exemplo, em Zelda Ocarina of Time, aqueles que se perdem ou passam tempo demais em Lost Woods se transformam nos seres hostis que habitam a floresta. 

Se for um adulto, a criatura resultante é um Stalfos. Já as crianças se tornam as chamadas Skull Kids, crianças perversas com corpo feito de gravetos e troncos de árvore. O exemplo mais famoso é o antagonista de Majora’s Mask. 

Alma de criança

Por mais que a inspiração por trás do Pokémon seja bastante macabra, Phantumps são seres de personalidade dócil e amigável. Não, eles não são como Froslass, que têm propósitos vingativos.

Evidência disso é que, quando emitem os sons que ecoam por toda a floresta, a intenção desses monstrinhos não é fazerem as pessoas se perderem. Na verdade, eles só querem fazer amigos – muito provavelmente, por causa da vida que não chegaram a ter.

Além disso, as folhas que crescem no topo dos chifres de Phantump possuem propriedades altamente medicinais. Ao serem cozinhadas, estas folhas produzem um líquido curativo de diferentes aplicações. 

Mas não se engane, pois essas adoráveis criaturas também se defendem quando necessário. Phantump e sua evolução, Trevenant, são os únicos Pokémon capazes de aprender o ataque “Forest Curse” (“maldição da floresta”, em tradução livre). Lembra uma certa lenda do folclore japonês, não é mesmo? 

Para além de sua mensagem anti-desmatamento, Phantump parece indicar que condições específicas são necessárias para um humano se transformar em Pokémon na morte.

Fatalidades dramáticas parecem ser pré-requisito para esse tipo de transformação, mas isso é algo que teremos que esperar a Pokémon Company confirmar oficialmente. 

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