Jogamos: Zenless Zone Zero traz mistura inusitada entre jogos de ação e RPG

Zenless Zone Zero é, em muitas maneiras, um inconfundível jogo da HoYoverse: as dinâmicas de obter personagens e a estética de anime são muito similares à de outros sucessos do estúdio, como Genshin Impact e Honkai: Star Rail. Ao mesmo tempo, o título da desenvolvedora chinesa também se destaca por misturar uma união inusitada de influências: o combate mais voltado à ação e os sistemas de dinâmica social cada vez mais populares em JRPGs.

A convite da HoYoverse, participamos do Teste de Amplificação, o terceiro período de beta fechado do game, que chega em breve ao PC, Android, iOS e PlayStation 5, e a impressão foi positiva, justamente porque essa mistura de influências se traduz em um jogo agradável em ambos os fronts. Clique aqui para fazer o pré-registro do game.

Zenless Zone Zero se passa em Nova Eridu, a última cidade remanescente de um mundo pós-apocalíptico no qual a maioria da civilização sucumbiu a uma catástrofe natural chamada Esfera Negra, um portal para outra dimensão na qual pessoas correm o risco de se transformar em monstros chamados Etéreos. No entanto, a metrópole cyberpunk que serve de cenário no jogo conseguiu transformar estas dimensões em negócio, enviando agentes para resgatar recursos, itens de valor ou até mesmo pessoas em perigo.

ZZZ divide seus sistemas de jogo e até mesmo seus personagens entre os momentos nos quais você explora as Esferas Negras e os segmentos do cotidiano em Nova Eridu. Na cidade, seu papel é o de um Mediador, uma espécie de hacker capaz de guiar pessoas com segurança dentro das Esferas Negras. Aqui, Wise e Belle, que compõem a renomada agência de mediadores chamada Phaeton, agem como os protagonistas, procurando missões.

Combate

Dentro das esferas, e onde estão as missões de combate, os agentes entram em ação, no qual você pode escalar um trio de personagens para enfrentar os etéreos. Eles fazem parte de diferentes organizações de Nova Eridu, que contratam os mediadores para transitar em segurança entre estas áreas perigosas.

Essas missões podem consistir em simples exploração, na qual você simplesmente obtém recursos, missões de combate. Na parte mais avançada do jogo, também é possível encarar a Defesa Shiyu, um modo horda com diversas ondas de inimigos.

Nessas fases, ZZZ se revela bastante competente na parte da ação. Os controles se dividem em esquiva, ataques rápidos e carregados, e um botão de troca entre os personagens do trio.

A precisão entre os momentos de esquivar e atacar é o que diferencia ZZZ dos outros títulos do estúdio. Muito embora boa parte do dano seja determinado por elementos mais característicos de RPG, como o nível dos personagens, seus equipamentos e resistências elementais, não é impossível se virar nos momentos de luta com habilidades de esquiva e ação.

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O grande chamariz das sequências de luta é justamente a capacidade de trocar de personagens a qualquer hora, mas há momentos específicos em que essa troca é ainda mais vantajosa, já que é possível usar esses momentos para defletir ataques do inimigo, ou combinar golpes fortes em trios causando ainda mais dano.

Para conseguir personagens, o jogo utiliza um sistema de gacha, a exemplo de outros títulos da HoYoverse, no qual você acumula recursos jogando para fazer as rolagens em um sistema aleatório com uma chance fixa de conseguir agentes e equipamentos, com diferentes raridades. No entanto, o jogo garante a invocação de novos personagens após um determinado número de rolagens, o que permitirá a você continuar recebendo mais lutadores à medida que você progride.

História

Na abertura do jogo, uma destas instituições, a Casa das Lebres Astutas, tenta finalizar o roubo de um cofre, mas alguns de seus agentes, Anby e Billy, caem acidentalmente em uma Esfera. Nicole, a líder do grupo, requisita a ajuda de Phaeton para resgatar seus companheiros.

Partindo dos mistérios envolvendo este cofre ultrassecreto, a história se desenvolve, na qual a dupla da Phaeton, os agentes das Lebres e mais personagens se veem envolvidos em um perigoso jogo de poder em Nova Eridu entre as diversas organizações que exploram os recursos existentes nas Esferas.

O que une todos estes elementos tão diferentes de uma forma coesa é a direção de arte, que combina a tecnologia cyberpunk de um mundo pós apocalíptico com cultura urbana. Isso está presente não apenas nos cenários do jogo, seja nas ruas de Nova Eridu quanto nos locais abandonados das Esferas, quanto na interface do jogo, que tirou algumas lições de JRPGs recentes no que diz respeito a impressionar até mesmo nas transições de tela mais simples.

Você pode interagir com diferentes NPCs dentro de sua vizinhança em Nova Eridu, com um sistema de passagem de tempo. Além disso, os agentes que surgem no campo de batalha também perambulam pelo local, e você pode fazer atividades específicas com eles. Cada personagem habita a vizinhança em um horário específico do dia, ou seja, é preciso prestar atenção no calendário para não perder os encontros que você quer.

Embora o gerenciamento de amizades em Nova Eridu e o combate nas Esferas Negras venham de gêneros completamente diferentes, é exatamente essa mistura de influências que faz ZZZ se destacar, unindo a complexidade dos RPGs nos quais se inspira com uma jogabilidade rápida de games de ação.