Em entrevista com o site The Wrap, Strauss Zelnick, o CEO da Take-Two Interactive — empresa-mãe da Rockstar Games e da 2K Games — disse que, apesar da popularidade, é improvável que a série Grand Theft Auto ganhe uma versão para os cinemas tão cedo.
Como o próprio Zelnick indica, o problema não é financeiro, já que só GTA V vendeu mais de 100 milhões de cópias e rende fortunas até hoje graças a GTA Online:
"Parte disso é, se fossemos fazer algo do tipo, gostaríamos de ter controle criativo completo para garantir que [GTA] fosse expressado da forma que quiséssemos — e isso quer dizer que teríamos que financiar o longa-metragem", explicou o executivo. "Embora tenhamos os fundos para isso, não temos o conhecimento corporativo, por apenas um punhado de pessoas dentro da Take-Two já trabalhou naquela área. Eu sou uma delas. Mas não é algo que fazemos profissionalmente."
Zelnick também reforçou o peso da marca como parte da cultura, chegando a chamá-la de "a mais importante propriedade intelectual criada pela humanidade", e que seria difícil ceder seus direitos para outros.
"Nós somos seus únicos donos, e a controlamos. Vamos realmente largar a mão disso e esperar que alguém - independente do seu nível de talento - vai fazer um bom trabalho com isso."
Sharon Waxman, editora-chefe do TheWrap e responsável pela entrevista, comparou a situação do hipotético filme de GTA com o autor George R. R. Martin, que cedeu os direitos de adaptação de As Crônicas de Gelo e Fogo para a criação de Game of Thrones.
"Certo", respondeu Zelnick. "Mas os livros de George Martin não valem o que Grand Theft Auto vale."
Sendo assim, a não ser que a Take-Two passe a investir em uma divisão de cinema, GTA deve continuar principalmente nos games.