Bethesda levou para a E3 2017 uma apresentação temática: a "Bethesdaland", um parque de diversões em que cada área é adornada com uma das propriedades intelectuais da produtora. No local montado para o evento em Los Angeles, roda gigante, comida e um palco montado como se fosse show, com os espectadores em pé.

Nesse clima de festa, de magia, diversão e encantamento, a produtora fez uma apresentação em ritmo crescente. Versões em realidade virtual de Doom VFR Fallout 4 VR, ambas com lançamento marcado para este ano, já trataram de falar da empreitada VR da produtora - jogos para aparelhos que nem todo mundo tem -, e, por isso, vieram em primeiro.

Em seguida, o parque fez um passeio pela área Elder Scrolls, com coisas que nem lá tinham tão cara de novidade assim. A expansão de The Elder Scrolls Online baseada em Morrowind e heróis de o derivado de cartas Elder Scrolls Legends - que ganhou uma expansão baseada em Skyrim - já estão no mercado, e portanto serviram só para marcar presença no portfólio da apresentação.

O que poderia ser uma novidade real era Skyrim no Nintendo Switch, que até mostrou algumas novidades como os controles de movimento, a interação com amiibos e as skins de Link, mas inexplicavelmente não houve uma data de lançamento - deve ter ficado para o Nintendo Direct da próxima terça (13).

The Evil Within 2

The Evil Within 2 foi uma das sequências anunciadas na conferência

Já na parte de Quake, o foco em eSports foi total. Quake Champions terá campeonato valendo US$ 1 milhão em premiação, mas o jogo em si continua em fase beta, e não é um produto finalizado. Dishonored, por sua vez, terá um derivado standalone, intitulado A Morte do Estranho, com lançamento em agosto.

Aproximando-se das partes "em construção" do parque, a coisa começou a esquentar. The Evil Within 2, continuação da nova franquia de terror criada por Shinji Mikami, chocou com surrealismo e indícios de uma história trágica, apesar de ter ficado devendo um pouco no gameplay.

O mesmo não pode ser dito de Wolfenstein II: The New Colossus, que foi a melhor apresentação na conferência da Bethesda com um vídeo com atores surreal e diversos momentos de gameplay que mostram o distópico cenário dos Estados Unidos dominados pelos nazistas.

Faltaram sequências de gameplay mais detalhadas, como a Bethesda já fez no passado

Nesse passeio pelo parque de diversões que é o catálogo de franquias da Bethesda, ficou faltando, entretanto, uma atração principal.

Poderia ter sido uma franquia nova, como é o caso de Starfield, suposto RPG de ficção científica que a produtora têm preparado há algum tempo. Poderia ter sido o sexto capítulo de Elder Scrolls, afinal, Skyrim já tem seis anos de lançamento.

Wolfenstein II

Por quê não mostraram com mais profundidade Wolfenstein II?

Poderia ter sido até os próprios Evil Within 2 ou Wolfenstein II, com sequências de gameplay mais detalhadas e com descrições dos desenvolvedores, como a Bethesda havia feito em suas outras conferências - em 2015, isso ocorreu com Fallout 4, e em 2016, com Dishonored 2.

Infelizmente, do jeito que a apresentação foi montada, ficou tudo armado para o clímax nos momentos finais, que simplesmente não veio. Em um ano de entressafra para a produtora, o que ficou foi uma conferência que poderia ser uma montanha-russa com uma subida excruciante que desaba em um loop insano, mas acabou sendo apenas um agradável mas morno passeio de carrossel.

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