Durante uma conferência de desenvolvedores no Japão (via Game Watch), parte do time responsável por The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, da Nintendo, confirmou que a empresa japonesa teve que criar uma espécie de “rede social interna” para que o jogo pudesse ser terminado.

Não que o produto em si tenha corrido o risco de não sair, mas Hidemaro Fujibayashi (diretor) e Kenichi Hirose (engenheiro) disseram aos ouvintes de sua keynote que a Nintendo buscou criar um processo mais refinado de desenvolvimento, dado o tamanho massivo que tem Tears of the Kingdom – é o primeiro “zeldinha” de mundo aberto da companhia, afinal.

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Imagem mostra tela da rede social interna que a Nintendo criou para finalizar Tears of the Kingdom
Nintendo/Reprodução

Batizada de “Boletim dos Rupees”, em alusão à moeda com a qual você compra itens e armas na franquia The Legend of Zelda, a plataforma tinha funções que a faziam parecer uma mistura entre “Facebook das antigas” e Reddit – havia até uma função de contagem de curtidas (“likes”), mas ao invés de um “joinha”, autores de postagens ganhavam “rupees”.

Essencialmente, a função primária do boletim era relatar as andanças do desenvolvimento do jogo – avaliadores de qualidade (QA Testers) postavam feedbacks de protótipos, versões alfa e beta do título, por exemplo. Rapidamente, porém, a estrutura acabou se abrindo também para a troca de ideias, com representantes de diversos departamentos oferecendo seus dons criativos para testar novas funções em The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom.

E nisso, vinha a prática: ideias bem recebidas recebiam “rupees”, o que dava ao time todo um senso de prioridade entre o que não entraria no jogo, o que dava para implementar depois e o essencial que deveria ser feito agora. E haviam regrinhas interessantes, também: nada de opiniões ou achismos, ideias fundamentadas apenas por dados (era uma rede social internada na estrutura da Nintendo, afinal: a empresa estava analisando as informações) e, acima de tudo, nada de críticas ou ataques - os feedbacks deveriam ser oferecidos por posts bem construídos e fundamentados.

É difícil afirmar se esse processo teve algum peso no resultado final de Tears of the Kingdom, mas é costume da Nintendo acertar a mão nesses assuntos: mais de 10 milhões de cópias do jogo foram vendidas nos três primeiros dias de seu lançamento, e a crítica especializada foi unânime em seus elogios ao jogo. Em março de 2024, o jogo atravessou a marca de 20 milhões de unidades comercializadas.

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The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom
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  • Lançamento

    12.05.2023

  • Publicadora

    Nintendo

  • Desenvolvedora

    Nintendo

  • Censura

    12 anos

  • Gênero

    Ação, aventura

  • Plataformas

    Nintendo Switch