Faz tempo que vejo pessoas perguntando na internet coisas como "O posso jogar no estilo de Final Fantasy Tactics?”. E a resposta sempre é um pouco triste, pois, a história de Ramza e Delita aliada com os sistemas de FFT, foram um jogo único e inesquecível. Entretanto, o Tactics Ogre: Reborn pode fazer com que essa história mude.

Na verdade, Tactics Ogre: Reborn é o remake de Tactics Ogre: Let Us Cling Together, um jogo que estava esquecido na biblioteca do PSP e que traz muito mais do que simples ajustes em gráficos. 

O The Enemy teve a oportunidade de jogar as primeiras horas do jogo e as impressões iniciais são muito otimistas, afinal, esse é um remake que moderniza algumas mecânicas que seriam um tanto ultrapassadas se fossem trazidas diretamente de 2010 pra cá - lembrando que Let Us Cling Together já era um remake do Tactics Ogre de Super NES.

Reprodução/Square Enix

Mas, para quem não tem uma vasta experiência com a história de Tactics Ogre, aqui vai um panorama da história. As Ilhas Valerianas encara uma guerra civil. A morte do Rei e a falta de um sucessor causa conflito entre as três facções da região em busca do poder. 

Quando criança, Denam Pavel, o protagonista, teve sua vila arrasada pelos Cavaleiros das Trevas Loslorien. O sentimento de vingança e justiça nunca deixaram seu coração e, ao lado de sua irmã Catiua, e seu melhor amigo, Vyce, organizam uma rebelião para libertar o povo.

A história que tem uma pegada de Game of Thrones vai se desenrolando com direito a muitas reviravoltas e tornando os personagens mais críveis. Diferente da versão de PSP, aqui todos os diálogos são dublados em inglês (infelizmente o jogo não tem localização para o português do Brasil) e reforçam a grande narrativa que vai se desenrolando diante de nossos olhos.

Reprodução/Square Enix

A narrativa é bem estruturada e leva em consideração as escolhas do jogador e até morte de alguns personagens secundários. O resultado disso é uma ótima história para ir e voltar diversas vezes e ver os diversos finais diferentes. 

Mas deixarei para falar mais profundamente sobre a história de Reborn no review que você verá num futuro próximo aqui mesmo no The Enemy. Por enquanto vou focar nas melhorias que pude experimentar nas primeiras horas de jogo.

Tactics Ogre é o avô dos jogos táticos e foi por conta de sua existência que Final Fantasy Tactics existiu e a atualização para Reborn prova que é possível fazer melhorias significativas para os sistemas. 

Reprodução/Square Enix

Originalmente o game foi lançado em 1995 e, como era praxe na época, é um jogo muito mais desafiador do que os games mais recentes. Triangle Strategy, por exemplo, é um passeio no parque e quase não coloca o jogador em risco. Foi por causa dessa mentalidade, de chegar para a batalha sem preparo, que encarei com muitas telas de game over. 

A evolução das classes, por exemplo, está muito mais suave e entregando mais poder para o jogador. Alguns golpes especiais, chegam alguns níveis mais cedo e dão aquela instigada para você continuar evoluindo a classe para ver os melhores poderes.

Pode ser que me falhe a memória (faz quase 30 anos que tive a experiência no SNES), mas senti que uma das formas para não acabar com todo desafio foi a limitação de experiência que sua equipe pode ter. 

Reprodução/Square Enix

As unidades não podem seguir até o nível 99 indiscriminadamente, existe uma limitação para evitar o grinding excessivo, fazendo com que você só ganhe mais níveis conforme você avança na história. Mas, como eu disse, pode ser um lapso da minha memória e que isso estivesse na versão original. Se for esse o caso, peço que me desculpem.

Outra ferramenta nova é o ‘Chariot Tarot’ que permite que o jogador voltar alguns turnos para desfazer algumas ações. Essa função eu só descobri depois de fuçar nos menus. Mas, depois que descobri, as minhas frustrações foram reduzidas. O jogo começou a fluir muito melhor e eu avancei muito mais rapidamente quando aprendi a usar o sistema.

Outra coisa que me chamou atenção foram os gráficos que, na telinha do Switch ficaram incríveis e muito bem trabalhados. Já na televisão é possível ver que existe um leve filtro de suavização. Em alguns pontos os gráficos ficam um tanto borrados, perdendo a “crocância” dos pixels. 

Reprodução/Square Enix

Talvez isso possa ser corrigido na versão final ou até ser possível selecionar se queremos que esse filtro seja ativado ou não. Espero que a segunda opção esteja em vista pela Square Enix, dando ao jogador a escolha de como quer reviver esse clássico.

De qualquer forma, preciso jogar mais de Tactic Ogre: Reborn e ver alguns dos finais. A experiência de revisitar esse mundo tem sido uma experiência agradável e está matando a minha saudade de jogar um RPG tático. Nada melhor do que fazer isso com um dos precursores do gênero.

Tactics Ogre: Reborn está marcado para chegar no dia 11 de novembro para PS4, PS5, PC, e Nintendo Switch.


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Tactics Ogre: Reborn
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  • Lançamento

    11.11.2022

  • Publicadora

    Square Enix

  • Desenvolvedora

    Square Enix

  • Censura

    14 anos

  • Gênero

    JRPG

  • Testado em

    Nintendo Switch

  • Plataformas

    PC PlayStation 4 PlayStation 5 Nintendo Switch