Fire Emblem completa 30 anos: relembre os principais jogos da série da Nintendo

1990 / Famicom
O primeiro título da série de estratégia da Nintendo saiu apenas no Japão e veio depois do sucesso de Famicom Wars, um game de estratégia com temática militar contemporânea. Fire Emblem levou parte da fórmula para um cenário de fantasia medieval e adicionou a tensão do risco de perder unidades em definitivo quando elas morrem no campo de batalha.

1992 / Famicom
Segundo e último jogo da série para o console de 8-bits da Nintendo, Gaiden acontece no mesmo universo do episódio anterior e mostra um conflito entre dois exércitos e tem como protagonistas a princesa Celica e o garoto Alm.

1994 / Super Famicom
Estreia da franquia na geração 16-bits, Mystery of the Emblem traz tanto um remake da aventura original do Famicom, comandada pelo príncipe Marth, quanto uma continuação inédita para a história.

1996 / Super Famicom
Um conto medieval dividido em duas gerações: a primeira parte da aventura é guiada pelo príncipe Sigurd enquanto a continuação da saga tem como protagonista o filho dele, Seliph. Este episódio marcou a estreia do triângulo de armas ao estilo pedra-papel-tesoura que marcou a série durante anos, que estabelece relações de vantagem e desvantagem de ataques entre personagens usando espadas, lanças e machados.

1999 / Super Famicom
A despedida da série nos cartuchos 16-bits começou como um pequeno spin-off de Genealogy of the Holy War e logo cresceu em escopo, tornando-se um projeto próprio. A jornada tem como herói Leif, que luta contra a ameaça do império Grannvale. Thracia deixou os combates ainda mais complexos e difíceis com a introdução de um sistema de cansaço nos guerreiros.

2002 / Game Boy Advance
Inicialmente previsto para ser um cartucho de Nintendo 64 com o título Maiden of Darkness, o jogo foi completamente reformulado e lançado para o portátil GBA. A jornada de estreia do jovem nobre Roy ganhou ainda mais notoriedade após o personagem aparecer como lutador secreto em Super Smash Bros. Melee, do GameCube.

2003 / Game Boy Advance
Depois de mais de uma década de espera, finalmente Fire Emblem chegou ao ocidente e deixou de ser exclusividade do Japão. O cartucho do portátil GBA narra uma história que precede os eventos de The Binding Blade e preserva a mecânica clássica da série para mostrar a saga de Eliwood, Lyn e Hector em busca do pai de Eliwood. O lançamento ocidental só veio após o sucesso e popularidade de Marth e Roy em Smash Bros. Melee.

2004 / Game Boy Advance
Sem grandes novidades na jogabilidade, The Sacred Stones aposta em uma complexa trama política. Cinco nações, cada uma dona de uma pedra mágica, essenciais para manter um demônio aprisionado, vivem em harmonia no continente de Magvel até que o império Grado decide atacar os vizinhos. Os irmãos Eirika e Ephraim saem em campanha para lutar contra o império e descobrir o mistério das pedras mágicas.

2005 / GameCube
De volta aos consoles depois de alguns anos apenas nos portáteis, Fire Emblem também pontuou sua estreia nos gráficos tridimensionais com o excelente Path of Radiance, protagonizado pelo mercenário Ike que se vê envolvido no conflinto entre as nações Daein e Crimea.

2007 / Wii
O sucesso da franquia no início da década e a empolgação com o Wii levaram a uma continuação direta de Path of Radiance. Desta vez a protagonista é Micaiah, mas Ike ainda aparece durante o conflito, que é mostrado por diferentes perspectiva ao longo da jornada. Com relação à jogabilidade, Radiant Dawn preserva muito do que fez o predecessor ser elogiado.

2008 / Nintendo DS
Segundo remake do primeiro jogo da série Fire Emblem, mas também a primeira versão da história a chegar ao ocidente - ainda que apenas um ano após chegar ao Japão. Shadow Dragon conta novamente a saga do príncipe Marth, um dos personagens mais emblemáticos da franquia. No retorno aos portáteis, Fire Emblem contou também com um belo upgrade nos gráficos.

2010 / Nintendo DS
Apesar dos muitos elogios e números razoáveis de venda obtidos no ocidente, a franquia voltou a ter um capítulo lançado apenas no Japão. O cartucho de DS recria os eventos do terceiro jogo da grife, que por sua vez é uma releitura (mais uma!) dos primórdios de Fire Emblem. Ainda assim, foi um estudo importante para o futuro: New Mystery of the Emblem ousou criar uma dificuldade chamada Casual, em que personagens derrotados em combate poderiam ser revividos para continuar no jogo - uma enorme quebra na tradição de vinte anos da série.

2012 / Nintendo 3DS
Com o passar dos anos, a série Fire Emblem foi caindo em popularidade e vendas com relação a outras franquias da Nintendo e isso colocou Awakening em uma posição complicada: a equipe de desenvolvimento trabalhou no jogo com o aviso de que provavelmente seria o último título da série.

Talvez isso tenha inspirado a equipe a se arriscar com um roteiro que envolve viagem no tempo, personages variados e extremamente carismáticos e, acima de tudo, uma quebra na tradição do 'permadeath': ainda que o jogo tenha a opção de personagens mortos em combates sumirem da história, essa não era a opção padrão. Deu tão certo que o jogo se tornou na época de lançamento o mais vendido da marca e garantiu novos episódios e outros experimentos.

2015 / Nintendo 3DS
Empolgou! O sucesso tremendo de Awakening incentivou a Nintendo a criar não apenas um, mas sim dois novos episódios: Birthright e Conquest mostram versões diferentes de uma mesma história, ambas estreladas por Corrin, protagonista que esconde poderes misteriosos e pode ser tanto homem quanto mulher - assim como já aconteceu com Robin, em Awakening.

2015 / Wii U
Um inusitado crossover com a série Shin Megami Tensei. Este colorido RPG acontece nos tempos atuais e foca na cultura pop de cantores idols no Japão, enquanto figuras clássicas de Fire Emblem aparecem como entidades místicas nos combates. Em 2020 o jogo ganhou um port melhorado para Switch.

2017 / Android, iOS
Início de celebrações de um ano glorioso para a franquia, Heroes adaptou com sucesso a fórmula para os smartphones em um jogo de estratégia cheio de missões para fazer e oportunidades de sobra para resgatar personagens do passado. Deu tão certo que se tornou, disparado, o jogo mais rentável da Nintendo para mobile, superando até nomes de peso como Super Mario Run e Animal Crossing Pocket Camp.

2017 / Nintendo 3DS
Mais um remake turbinado para a série. Shadows of Valentia confere tratamento luxuoso para o já distante Fire Emblem Gaiden, mais uma das histórias até então restritas ao Japão. Despedida da série no 3DS, a releitura da história de Alm e Celica trouxe suporte a amiibos e dungeons para explorar.

2017 / Nintendo Switch, Nintendo 3DS
Provavelmente o spin-off mais diferente de toda a série, Warriors segue o caminho de sucesso de Hyrule Warriors, que adaptou a série Legend of Zelda para um jogo de ação hack'n slash ao estilo de Dynasty Warriors. Tem lá sua simpatia, especialmente pela ampla variedade de guerreiros, mas faltou um pouco mais de capricho como houve em Zelda.

2019 / Nintendo Switch
Certamente a joia da coroa e prova irrefutável de que Fire Emblem, mesmo após décadas de maturação, segue crescendo e melhorando. Three Houses marca a estreia da série no Switch e adapta elementos consagrados de outras séries japoneses - notavelmente Trails of Cold Steel - para oferecer uma experiência extremamente envolvente.

Three Houses traz gráficos lindos, tramas políticas complexas com diversos caminhos para trilhar e uma pitada de visual novel e simulador de encontros, tudo embrulhado nos excelentes combates estratégicos da franquia, ainda mais refinados aqui.