Vastidão. Essa foi a primeira impressão que tive ao testar Monster Hunter: World durante a BGS 2017. Eu e meus três companheiros de equipe sentamos para jogar, nos encontramos no acampamento e recebemos as primeiras instruções — temos 20 minutos para terminar uma caçada em uma nova região do mapa. E lá fomos nós, prontos para o desafio.

A primeira surpresa ficou por conta da grandeza dos cenários. A tradição em Monster Hunter continua brilhando aqui: ao contrário de outros RPGs, você cruza o mundo e todos os seus perigos normalmente antes de encontrar com o terrível chefe. Avançando pelas montanhas, passamos por um monstro no pântano e, só de brincadeira, resolvemos atacar o "peixe-boi" para testar algumas mecânicas. O que prosseguiu foi um combate extenso de mais de 10 minutos para conseguir matar o maldito.

Isso não significa que o processo foi chato e cansativo — muito pelo contrário, afinal a criatura variava constantemente as estratégias e até mesmo corria para outros ambientes. Precisamos nos adaptar para isso: enquanto um da equipe focava em lançar ataques elétricos para paralizar o monstro, o resto aproveitava a chance para atacar sem piedade.

Para alguém afastado da série, a adaptação leva um tempo. Além dos ataques físicos e de longa distância, temos vários comandos distribuídos pelo controle que ativam mensagens de voz e equipamentos. A configuração é vasta e permite comunicação e dinâmica durante os combates, principalmente na hora de atacar e navegar pelos itens disponíveis na parte inferior da tela.

O alívio de todo o grupo em matar o alvo foi seguido pelo suspiro de cansaço, afinal esse nem era o nosso alvo principal. Fomos em direção à missão só para encontrar um dinossauro gigante, ainda mais poderoso que o monstro anterior, que acabou nos matando pouco a pouco. No fim, o tempo acabou e não conseguimos finalizar a missão, sobrando a sensação de diversão e de dever incompleto.

No fim, Monster Hunter Worlds mostra gráficos promissores e belos, com direito a armas que explodem eletricidade e magias demoníacas que fortalecem o seu personagem. Passamos por ambientes vastos e que prometem horas e mais horas de exploração. E também nos ensina uma lição importante: é melhor focar melhor em seu objetivo.