A mitologia de Honkai: Star Rail é muito mais complexa do que jogadores novatos podem imaginar. Uma boa parte do que as pessoas precisam saber para jogar é exposta de maneira até que didática. No entanto, há inúmeros detalhes escondidos em arquivos de texto encontrados ao longo da aventura.
Utilizar livros fictícios e bilhetes espalhados pelo mundo para engrandecer a mitologia de um jogo não é novidade. Já se fazia isso, por exemplo, no primeiro Resident Evil, de 1996. Hoje em dia, a prática é comum em muitos RPGs — como The Witcher 3 ou, voltando um pouco mais no tempo, Skyrim.
Trata-se de uma estratégia bem aceita por fãs dos mais diferentes gêneros, e o motivo é muito simples: todos queremos saber mais sobre os universos que nos conquistam, seja nos jogos ou em qualquer outro tipo de mídia.
No entanto, isso não quer dizer que qualquer coisa serve. Se, por um lado, pequenas anotações podem dar mais significado à exploração da Mansão Spencer, no já citado primeiro Resident Evil, por outro, grandes textos genéricos podem apenas afastar os potenciais leitores, que talvez não tenham tanto tempo livre para jogar e ler cada detalhe sobre cada camada na construção de mundos tão ricos.
Pode ser um tanto otimista demais esperar que milhões de pessoas ao redor do mundo sintam a necessidade de consumir todo o conteúdo de texto disponível em Honkai: Star Rail. Até porque, apesar da localização brilhante do título no que diz respeito à forma como tudo está escrito, há inúmeros relatos que, simplesmente, ou são genéricos demais ou são desnecessariamente longos.
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Aos que realmente possuem a paciência necessária para ler cada um dos arquivos de texto de Honkai: Star Rail, só posso dizer parabéns. Com certeza, há muitos de vocês por aí. Contudo, arrisco dizer que a maior parte dos jogadores se sentiria mais disposta a entrar de cabeça nos livros e bilhetes se fossem um pouco mais saborosos.
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