A gigante Microsoft e a fabricante de processadores Qualcomm trarão o Windows 10 para dispositivos carregados com os novos chips Snapdragon 835, anunciaram as duas companhias durante a Computex 2017. Os processadores voltados para o sistema operacional da Microsoft receberam o nome de Snapdragon 835 Mobile PC Platform e serão, em grande parte, exatamente o mesmo SoC (System on a Chip) já encontrado em smartphones – mas com um SKU diferente.

Por enquanto, nenhum novo dispositivo foi anunciado oficialmente pelas empresas, mas HP, Lenovo e Asus já estão entre as parceiras confirmadas para o ecossistema de novos produtos que serão lançados. Infelizmente, ainda não há data certa para isso acontecer.

E, sim, de acordo com a Microsoft, os dispositivos rodarão a versão desktop do sistema operacional, com compatibilidade a aplicações x86, Cortana, Windows Ink e Windows Hello – ainda assim, vale lembrar que nada impede que o Windows 10 S apareça em algumas destas máquinas, eventualmente.

Na briga contra a Intel, a Qualcomm promete que entre as melhoras que seus chips trarão aos dispositivos Windows 10 está uma vida útil de bateria mais longa. Isso porque os Snapdragon 835 já usam litografia de 10 nm e são até 30% menores que processadores concorrentes, deixando mais espaço para baterias maiores.

Outra área importante é a conectividade. Com os Snapdragon 835, dispositivos Windows 10 poderão contar com a tecnologia de conectividade Gigabit X16 LTE, que permite conexão de até 1 Gbps de download. Na prática, isso significa que computadores conectados o tempo todo, assim como smartphones, devem se tornar uma realidade muito mais comum nos próximos anos e menos dependentes de conexões Wi-Fi.

Segundo as duas empresas, os novos dispositivos serão lançados na faixa de preço entre US$ 400 e US$ 700 (algo entre R$ 1.300 e R$ 2.260 em conversão direta) e poderão ser comercializados em um modelo de contrato, semelhante a smartphones. A ideia é que esses dispositivos ocupem um espaço no mercado intermediário de PCs, capazes de entregar capacidades de multitasking, mas sem atingir usuários mais exigentes, como gamers e produtores de conteúdo.