One Piece Burning Blood tem combate em trios e segue de perto o mangá

Nem só de Naruto vive o mundo dos jogos inspirados em animes. A Bandai Namco fez questão de comprovar isso na segunda-feira (29), num evento dedicado à imprensa, e que serviu para a apresentação do seu lineup para o ano de 2016.

Fomos apresentados a jogos que ainda não foram lançados nem no Japão, o que demonstra os novos tempos de pensamento global, já que esse tipo de jogo dificilmente é pensado para um público fora do Japão. Algumas coisas, no entanto, como o novo Jojo's Bizarre Adventure: Eyes of Heaven, God Eater Resurrection e Mobile Suit Gundam Extreme VS. Force estavam sendo demonstrados em suas versões originais japonessas já publicadas por lá. O que não é ruim, pois já sabemos como será o resultado final.

Seguindo a ordem do que estamos mais acostumado a encontrar via streamings oficiais de animes, One Piece Burning Blood e Jojo's eram os porta vozes do gênero no evento. Burning Blood, que será lançado no dia 3 de junho, estava presente em uma versão demo com poucos personagens: Luffy, Zoro, Franky, Sabo, Ace, Crocodile, Kuzan e o novato Bartolomeo, personagem dos arcos mais recentes e que debuta em um jogo de videogame.

Similaridades com J-Stars Victory VS+ não são meras coincidências. A produção de ambos ficou à cargo da Spike Chunsoft, que evoluiu o sistema de combate encontrado no crossover entre heróis da Shonen Jump, mas não o suficiente para melhorar todos os problemas da versão passada. Mas por se tratar de uma demonstração, a esperança é a última a morrer.

O combate é um pouco decepcionante. São quatro botões, dois de ataque, um para pular e outro para defender. Segurando o L1 é possível acionar uma aba de golpes especiais (três para cada personagem). O R1 aciona o poder especial de cada um, e ele varia entre os Akuma no Mi (as frutas que dão poderes aos personagens de One Piece) ou Haki (energia que reside nos seres vivos e encontrada em diversos tipos), tudo com muito embasamento no mangá, o que é bom.

Um botão especial realiza a troca entre lutadores durante a partida. Se estiver com dois níveis da barra de especial cheios, é possível trocar durante o combo adversário, evitando danos maiores. Ataques conjuntos também são realizados com auxílio da barra, e quando ela alcança o nível máximo, você transforma seu personagem com o R3. Pressionando uma segunda vez, é acionado o ataque especial secreto cheio de animações e tudo mais.

Bastante diferente do jogo lançado em 2013, Jojo's Bizarre Adventure: Eyes of Heaven apresenta um combate cheio de situações bizarras, mapas gigantescos e uma infinidade de personagens que englobam quase 30 anos de histórias ininterruptas. A Cyberconnect 2 reinventou o jogo por completo e inseriu elementos que o fazem único.

À primeira vista é tudo muito estranho, principalmente com os cenários que mais pareciam fases de jogos de plataforma. Não raro eram os casos de precisarmos realizar objetivos secretos no mapa, seja para destravar sequências animadas ou mesmo para aumentar o poder de dano do seu personagem. Mesmo completamente em japonês, era fácil ser guiado pela memória de certos capítulos do mangá (e anime) para acionar esses momentos especiais.

Jojo não é mais um jogo de luta convencional. Seus golpes especiais possuem tempo de reativação, às vezes o oponente não é o objetivo inicial e seu parceiro precisa de constante atenção. O número de personagens aumentou bastante em relação ao All-Star Battle, e novamente, todas as sagas foram inseridas no game. O game será lançado em 2016.

Seguindo essa linha de versões japonesas, a Bandai Namco deixou à disposição dos jornalistas as cópias originais de God Eater Resurrection e Mobile Suit Gundam Extreme VS. Force. O remake de God Eater que foi lançado para PS4 no final de 2015, chegará para o ocidente em 2016, e o mesmo vale para o divertido Gundam (que deve ser jogado no multiplayer) de PS Vita.

Sword Art Online Hollow Realization será o primeiro SAO lançado originalmente no PlayStation 4. Mesmo com um beta super inicial, é fácil perceber que um hardware mais potente fez muito bem ao game.

Os combates se mostraram bastante fluidos e simplificados. Três menus, um para as ações do seu grupo, outro com atalhos para seus ataques especiais e, via touchpad, sua lista completa de habilidades (com páginas extras que pareciam rolar infinitamente). O sistema de troca (switch, no original) permanece, e ele é essencial para que seu grupo cause mais dano aos inimigos.

São muitos inimigos ao mesmo tempo na tela, inclusive NPCs que simulam outros grupos de jogadores enfrentando seus próprios desafios. As versões anteriores do game também simulavam situações parecidas, mas não eram tão verídicas devido a quantidade de dados que os hardware em questão eram capazes de processar.

A trama seguirá por um caminho completamente novo, uma história inédita iniciada por uma única mensagem entregue a Kirito "Estou de volta a Aincrad". E o melhor de tudo é que em SOA Hollow Realization será possível preencher seu grupo com amigos de verdade via multiplayer co-op. Não chega a ser o VRMMORPG que SOA representa na fantasia, mas já é um avanço.

Sword Art Online Hollow Realization está previsto para o final de 2016.