Não é a primeira vez que um criminoso é relacionado à influência dos videogames, nem será a última, mas chama a atenção um caso que aconteceu em Tóquio, no Japão, semana passada. Tanto pelas circunstâncias como pela polêmica de longos meses que ajuda a alimentar.

Acredita-se que um garoto de quinze anos tenha assassinado os pais depois de tê-los surrado e esquartejado. Acredita-se, já que o apartamento da família foi explodido por artefatos caseiros, para apagar os traços do ocorrido.

Quando foi encontrado em um resort em Gunma, o garoto confessou à polícia que eu queria matar meu pai desde que ele riu de mim. Também decidi matar minha mãe, já que ela sempre dizia que queria morrer, por causa de todo o trabalho que ela tinha que fazer. Eu senti pena dela.

Não demorou para que os amigos do colégio o descrevessem como um estudante médio que adorava games e era um fã de Grand Theft Auto III. O violento, politicamente incorreto - e realmente popular - jogo da Capcom japonesa sofre, assim, mais um revés.

Em fevereiro, em Osaka, um adolescente de dezessete anos esfaqueou uma professora e feriu outros dois empregados de uma escola num acesso de raiva. Amigos disseram que ele era obcecado por games violentos e desejava se mudar para Tóquio, onde poderia trabalhar numa empresa de jogos ou escrever em uma revista especializada. Recentemente a prefeitura de Kanagawa restringiu a venda de GTA3 para menores - e Osaka, a segunda mais populosa cidade do país, também estuda adotar medida similar.