Disney e o YouTube cortaram laços com o maior youtuber do mundo, Felix "PewDiePie" Kjellberg depois que ele publicou um vídeo - agora deletado - no qual paga para dois homens levantarem uma placa dizendo "Morte a Todos os Judeus."

PewDiePie em um dos seus vídeos

PewDiePie era parte da Maker Studios, uma divisão da Disney que faz parcerias com youtubers. Segundo o Wall Street Journal, ele tinha controle editorial dos seus vídeos, mas exagerou com a piada que faz referência ao holocausto. O jornal norte-americano também reporta que outros dois vídeos deletados por Kjellberg também continham piadas contra judeus. Em um deles, um homem vestido de Jesus Cristo defendia as ações de Adolf Hitler, líder nazista.

Depois das piadas, PewDiePie recebeu apoio de sites nazistas como o Daily Stormer, que mudou seu nome para "O site de fãs #1 do PewDiePie." Kjellberg se defendeu num post no Tumblr dizendo que sua intenção é apenas fazer brincadeiras nos vídeos, e que ele não apoia grupos que promovem ódio contra judeus.

A primeira consequência grave das piadas para o youtuber foi o fim do contrato com a Disney, que comprou a Maker em 2014. "Apesar de Felix ter criado seguidores por ser provocador e irreverante, ele claramente foi longe demais nesse caso e os vídeos resultantes não são apropriados," disse um representante da Maker Studios, comentando sobre o fim da parceria com PewDiePie.

Já a Variety noticiou que o YouTube cancelou a segunda temporada da websérie Scare, na qual pessoas assustavam PewDiePie de maneiras inspiradas em games. Além disso, ele será removido da categoria "Preferidos pelo Google", que representava conteúdo seguro para anunciantes. 

Kjellberg não se manifestou depois das atitudes da Disney e YouTube.