Quando o primeiro Angry Birds saiu em 2009 ninguém esperava o sucesso repentino. A franquia da Rovio era o jogo favorito nos celulares e se tornou presença constante em todos os tipos de produtos do cotidiano, de um lápis até um carro. Agora, seis anos e vários jogos derivados depois, a desenvolvedora sueca trouxe uma versão repaginada do título, que ainda tem o frescor da diversão original e o potencial de estender em mais alguns anos a febre em volta do combate cômico entre porcos e pássaros.

Sem a presença de pássaros inspirados em franquias famosas (Star wars, Transformers), a sensação de jogar Angry Birds 2 é estar de volta a um dos melhores game mobile já lançados. Simples e direto, o título é uma espécie de Tetris moderno, feito para aproveitar não só o poder dos novos aparelhos eletrônicos, mas também para explorar a noção de física e estratégia de jogadores casuais. Sem notar, muita gente desenvolve estes quesitos mentais a partir da fofura gráfica e dos sons cuidadosamente escolhidos pela Rovio.

Não existe dificuldade alguma em reconhecer a fórmula. Pássaros bomba voam pra destruir as armações protegidas (ou que protegem) os porcos verdes malignos. A dinâmica das fases segue parecida, mas adiciona um desafio em "subfases" - cada nível agora tem mais de uma estrutura e quase sempre um chefão. E ao invés de ter o pássaros pre-definidos, o jogo permite que você escolha entre mais de dez tipos de personagem. Outra adição foram as cartas de poder, que deixam o jogador congelar, explodir e fazer vários outros tipos de destruição sem as aves.

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As compras estão disponiveis com uma tentação um pouco maior do que o game original. É fácil perder suas vidas grátis e se sentir obrigado a comprar novas moedas para o jogo continuar. A grande variedade de preços facilita ainda mais a compra - os pacotes vão de 99 centavos a 99 dólares. A vontade de comprar é direcionada para as cartas de poder, que muitas vezes desequilibram a partida, fazendo com que tudo seja mais fácil de destruir. Na verdade, a imensa gama de possibilidade apresentada torna tudo um pouco mais fácil que o normal - muitas vezes é preciso mais paciência do que habilidade.

Por outro lado, a Rovio também pensou nisso e fez o modo competitivo de Angry Birds 2 no modo online. A diferença é que somente jogador acima do nível 25 podem entrar por lá para disputar a destruição com adversários reais. Como no jogo principal, o planejamento e a estratégia aqui são essenciais, pois além de levar em conta os pássaros disponíveis, é preciso saber lidar com as mudanças do ambiente, que agora tem vento, bombas, carros e outros quesitos que atrapalham o cumprimento dos objetivos.

Angry Birds 2 não revoluciona como o antecessor, mas melhora tudo que ele apresentou. Honesto na hora de cobrar por itens, o título é amigável com o jogador em todos os níveis - e isso talvez seja a única coisa que afaste usuários mais hardcore. No fundo, porém, a diversão oferecido pelo game é a perfeita para quem gosta de passar tempo no smartphone/tablet e até mesmo competir com alguns colegas. Esta nova incursão da Rovio traz o que se espera de uma sequência, que terá conteúdo grátis suficiente para meses de diversão.

Nota do crítico