Command & Conquer 3: Tiberium Wars
Game exige grande agilidade e raciocínio, garantindo horas de diversão
Command & Conquer, ou C&C, como é chamado pelos fãs da série de estratégia em tempo real, foi lançado pela primeira vez em 1995, estabelecendo um marco nos jogos do estilo. O game conquistou apreciadores pelo mundo retratando conflitos futuristas, combinados a uma jogabilidade frenética que exige raciocínio extremamente rápido e pode até mesmo render uma tendinite com tantos cliques do mouse.
O mais novo título da série, Tiberium Wars, é a continuação da linha Tiberian, uma das três iniciadas sob a marca Command & Conquer, e a primeira a ser lançada. A trama transporta os jogadores para 2047, aproximadamente 17 anos após os eventos narrados em Firestorm (expansão para Command & Conquer: Tiberian Sun). Nela, mais uma vez a Global Defense Initiative (GDI) e o grupo de guerrilha Irmandade de Nod se confrontam, agora em um cenário de completa devastação, já que o planeta Terra foi infestado com um estranho mineral chamado Tiberium, que devastou a natureza, deixando apenas uma pequena porcentagem do mundo à salvo.
O planeta então foi dividido em zonas, de acordo com o nível de infestação e a possibilidade de existência de vida humana. Apenas 20% da superfície apresenta solo sadio, sem qualquer infestação, nas chamadas zonas azuis, comandadas pela GDI. Já a metade onde a maior parte da população ainda vive, foi batizada de zona amarela, com infestação parcial. Pra completar, a zona vermelha, os 30% do planeta em que a devastação foi completa.
Kane, a mente por trás dos ataques terroristas deferidos pela Irmandade de Nod, está de volta com seus planos. Nos anos que se passaram, ergueu um exército e reuniu tecnologias nucleares para tomar de assalto toda a zona azul. Mas muita coisa ainda será descoberta e uma nova ameaça está prestes a aparecer.
Entre muitas das missões (algumas bastante fáceis), é possível assistir a ótimas seqüências (cutscenes), que contam essa história toda e são filmadas com atores reais, que nos transportam para um mundo que parece existir de verdade. Assistimos ao noticiário na televisão, que mostra os últimos ataques e os rumores da guerra; passeamos pelo quartel general e recebemos dicas em vídeo de nossos conselheiros de combate em um comunicador antes e durante a batalha. E, o mais impressionante, o noticiário tem repórteres e âncoras reais, como a jornalista Shanon Cook, da CNN; e John Huck, da Fox News, que fazem sua participação dando mais credibilidade às notícias da Terceira Grande Guerra do Tiberium.
E a qualidade cinematográfica não pára por aí: o ator Michael Ironside, que entre seus trabalhos participou de Top Gun e Starship Troopers interpreta o tenente general Jack Granger, sempre em contato com o jogador-comandante. Jennifer Morrison, de House, é a conselheira tática e Josh Holloway (de Lost) é Ajay, um oficial inimigo. Mas a cereja do bolo para qualquer nerd e fã de histórias em ficção científica fica por conta de Redmond Boyle, diretor da GDI, interpretado por ninguém menos que Billy Dee Williams, o Lando Calrissian de Star Wars.
Durante as partidas, embora o Tiberium seja altamente prejudicial, ele também é um minério importante e deve ser coletado pelos jogadores, que poderão aplicá-lo na criação de unidades e edificações. Tais construções, pela segunda vez na série, podem sofrer upgrades, que as tornam mais produtivas ou letais.
São duas campanhas recheadas de níveis divertidos e desafiadores: você pode escolher entre participar da campanha da GDI ou trazer o caos encarnando os terroristas da Irmandade de Nod.
O sistema de batalhas não é estranho aos jogadores já habituados com a série Command & Conquer, mas novatos no formato certamente o estranharão. As unidades estão bem feitas e os efeitos visuais são belíssimos, completando com qualidade as intervenções em "live action" das cutscenes. O áudio e o tratamento sonoro dado aos conselhos táticos durante o jogo também são perfeitos e combinam completamente com o enredo.
Um ponto negativo de Tiberium Wars são as requisições do sistema: para rodá-lo você precisará de um Windows XP ou Vista, com processador de 2.0 GHz e 512 MB RAM (ou 2.2 GHz e 1 GB RAM, caso seu sistema seja o Vista), placa de vídeo de, no mínimo, 128 MB e uma conexão de 512 kbps caso você queira jogar com até 8 participantes via modo multiplayer online. Isto sem contar com a quantidade absurda de 6 GB de espaço em disco exigidos, o que é explicado pelas seqüências, animações e efeitos visuais existentes no jogo.
A versão testada pelo Omelete foi a Kane Edition, uma edição especial, indispensável para qualquer fã da série, com bela embalagem que inclui um DVD de bônus com dicas de estratégia em vídeo (com o ponto negativo de estar completamente em inglês, sem legendas ou qualquer adaptação), cenas deletadas do jogo, erros de gravação, um making of da produção e conteúdos para o computador, como papéis de parede e artes conceituais. Completam o pacote cinco mapas inéditos para modos multiplayer e três skins para unidades do jogo.
A versão normal de Command & Conquer 3: Tiberium Wars pode ser encontrada pelo preço sugerido de R$ 99,90, enquanto a edição turbinada custa R$ 139,90. Compre aqui.
Command & Conquer 3: Tiberium Wars
