Alone in The Dark: Illumination, a mais nova adição à série de survival horror, foge um pouco do seu gênero original. Por um lado, o jogo tem elementos de terror e de sobrevivência, mas não é uma experiência sobre guardar todas as suas balas, sofrer para encontrar uma erva de cura ou ter medo de uma pirâmide ambulante.

O novo Alone in The Dark é o filho estranho de Alan Wake e Left 4 Dead.

Illumination é um jogo de sobrevivência com toques de arcade. Você escolhe qual arena quer entrar e é jogado lá com algumas armas, munição e kits de saúde espalhados pelo mapa. É ai que o lado Left 4 Dead do casamento aparece. Coletar três cabos de alta voltagem, conectá-los a um poste para energizar um gerador e, consequentemente, abrir as portas de um elevador. Esse é o tipo de coisa que você pode esperar em Illumination. Abrir novas áreas, coletar peças e fazer de tudo para sobreviver a jornada do ponto A ao ponto B. Normalmente, os objetivos são espalhados pelo mapa, e juntando isso com a quantidade um tanto quanto alta de monstros que te atacam durante a missão, fica claro a preferência pela cooperação, algo que não está presente na beta.

Essa jornada é infestada de criaturas das trevas, e são através delas que o lado Alan Wake de Alone In The Dark surge. Assim como no jogo da Remedy, Illumination dá foco à dinâmica entre luz e sombras. Os inimigos agem como zumbis, te perseguindo e atirando gosmas de longe. Seus ataques só funcionam quando eles estão sob alguma fonte de luz, seja um poste ou uma fogueira. Se iluminados, seu corpo brilhará com uma luz amarelá, indicando que estão vulneráveis a balas e granadas. Para dificultar um pouco as coisas, a desenvolvedora Pure FPS fez com que as fontes de luz não durem para sempre. Inimigos podem quebrar lâmpadas e apagar fogo caso você não os impeça.



A jogabilidade não oferece mistério e é basicamente um feijão com arroz. Há um nível de stamina que permite correr, algumas armas e equipamentos, e sua vida é recuperada através de kits médicos. Alone In The Dark: Illumination não pretende reinventar a roda, só oferecer um novo modelo. O problema com isso, claro, é a falta originalidade. Não há nada em Illumination que não possa ser encontrado em outros jogos, e com mais qualidade. Seja a natureza rápida e caótica de Left 4 Dead, ou a estratégia necessária nos Zombies de Call of Duty. 

Outro ponto negativo da beta é a câmera. Ela é posicionada extremamente perto do corpo do seu avatar, e fica ainda mais fechada quando você puxa a mira, ao ponto de que é impossível não se perguntar porque a Pure FPS não decidiu usar logo uma perspectiva em primeira pessoa. 

Tenho certeza que Illumination ficará mais divertido com cooperativo, mas ainda sim, o que faria alguém jogá-lo ao invés das dezenas de outros jogos com modos similares, mais complexos e divertidos por aí? O game tem o potencial para ser uma experiência cooperativa interessante, mas não há nada aqui que já não exista consolidado em outros produtos.

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