FURIA já tem o presente e o futuro definidos com a nova lineup de VALORANT, mas e o passado? Por que a organização decidiu dispensar o coach Carlao e os jogadores mazin, dgzin e qck? Em conversa exclusiva com o The Enemy, Jaime Padua, fundador da organização, respondeu a pergunta de forma direta e sincera.

De acordo com Jaime, cada caso foi tratado individualmente e de uma maneira diferente, mas a maioria deles pode ser resumido como “fechamento de ciclo”. O dirigente ainda fez questão de elogiá-los e não descartou um retorno à organização em uma outra ocasião. 

Ainda conforme revelou Jaime, a FURIA tinha interesse em continuar com Carlao em outra função, mas ele recusou porque informou que queria seguir como treinador.

No caso dos jogadores, a única exceção foi a questão do qck, que não abria mão de focar em ser Duelista na próxima temporada e está a caminho da LOUD justamente nessa função, enquanto a FURIA não abria mão de ter mwzera como Duelista. Ou seja, os Panteras teriam três jogadores na mesma função: qck, dgzin e mwzera — os dois primeiros perderam a “queda de braço”.

Confira na íntegra as respostas de Jaime Padua sobre cada caso abaixo:

Carlao: “Acho que a FURIA teve um ciclo de trabalho muito legal com o Carlao por muitos anos. Desde o início do projeto, o Carlao foi um cara que teve uma colaboração muito grande. Sem o Carlao a gente, sem dúvidas, não estaria na posição que estamos hoje. Porém, sentimos que era um momento para uma mudança de ciclo. Acho que o ciclo do Carlao como treinador dentro da FURIA já tinha se encerrado ali no final do split. Havia um interesse nosso de continuar com ele em outra função. A gente tem muito carinho por ele. É um cara super bacana, que tem um coração gigantesco. A gente adora ele de verdade. Mas ele tinha vontade de continuar sendo treinador. E como a gente queria encerrar esse ciclo e dar uma nova oportunidade para visões diferentes, né, para aproveitar a base que a gente tinha, acabou que não conseguimos seguir trabalhando juntos. Possivelmente podemos voltar a trabalhar juntos de formas diferentes no futuro”.

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Carlao com a camisa da FURIA (Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games)

qck: “Foi muito mais por incompatibilidade de funções. O qck queria se tornar Duelista. Então foi muito mais decisão dele de não se compatibilizar para jogar em outra função no momento. Ele já tinha se sacrificado às vezes em outras funções. Também é um ótimo Duelista, mas a gente só podia escolher um para o momento. Foi só por questão de perfil de função mesmo, e não sobre jogador nem nada”.

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qck em ação pela FURIA no VCT Americas 2023 (Foto: Stefan Wisnoski/Riot Games)

dgzin: “Acho que foi muito mais fechamento de ciclo. Como mwzera passou a ser Duelista, ele se tornou nossa prioridade. Acabou que a gente tinha muitos bons Duelistas no mesmo time, e precisávamos infelizmente abrir mão de alguns. Foi o caso do dgzin. Não poderíamos ter mais de um Duelista no time. É um cara que tecnicamente foi muito bem, mas tínhamos essa incompatibilidade de ter duas pessoas para a mesma função, então não fazia sentido continuar com ele”

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dgzin em ação pela FURIA no LCQ Americas 2023 (Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games)

mazin: “No caso do mazin vai muito em linha com o Carlao: é o fechamento do ciclo. A gente gostaria de ver ideias novas, de visão diferentes, perfis diferentes, para a gente colocar para rodar. Também é um cara super profissional e super bacana”.

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mazin em ação pela FURIA no LCQ Americas 2023 (Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games)

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O elenco da FURIA para a próxima temporada competitiva foi anunciado na última sexta-feira (13) e será comandado por Koy, ex-Vivo Keyd Stars, e formado pelo remanescentes mwzera, khalil e kon4n, e os reforços liazzi, também ex-Vivo Keyd Stars, e havoc, ex-The Union.

Essa foi a segunda parte da entrevista exclusiva do The Enemy com Jaime Padua, fundador da FURIA. Na primeira, o dirigente explicou quais foram os motivos que influenciaram na montagem da nova lineup, além de revelar mais mudanças na comissão técnica e o objetivo para 2024


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