Competir ou criar conteúdo no VALORANT? Esse é o dilema atual na carreira de drakoNz. O streamer da Cloud9 venceu duas das três etapas da Série A da Gamers Club (GC) e está garantido na Elite Cup com o time “Vítimas do RDO”. Em papo exclusivo com o The Enemy, ele não esconde o desejo de competir nos principais torneios do jogo da Riot Games, mas balança quando lembra que, para isso, precisará deixar a organização em que faz parte desde 2019.

“Para ser bem sincero mesmo, até eu às vezes tenho essa dúvida. Meu trabalho mesmo é o meu ponto forte, é onde estou focado. São minhas lives, YouTube, TikTok e a criação de conteúdo - que é 100% do meu foco. Mas, em relação a essa oportunidade que estou tendo no competitivo, é chegar até onde eu posso e onde estou permitido chegar, fazer tudo com muito êxito e mostrar que tenho um grande potencial. Se caso meu time for para um Relegation, onde eu já não posso mais participar, vou torcer muito por eles. E, assim, até lá tenho que sentar e pensar comigo se vou seguir em frente ou vou tomar a decisão de não continuar. Acho que é mais questão de ser pé no chão mesmo e não tomar uma atitude precipitada. Enfim, meu trabalho é a minha prioridade até o momento”, explicou.

Por conta de uma das regras da Riot Games, drakoNz não pode competir em torneios oficiais do VALORANT Challengers Tour (VCT) por uma equipe que não seja a Cloud9. Isso porque o streamer tem vínculo com a organização - que faz parte do VCT Americas. Apesar disso, o criador de conteúdo acredita que vive a melhor fase no competitivo de VALORANT desde que migrou do Fortnite no início do ano passado.

“Hoje é o meu melhor momento no VALORANT. Antes eu realmente migrei só para criação de conteúdo por conta do limite que me restringia de não poder competir. Muitas pessoas me chamaram para montar time, jogar as qualificatórias do VCT e eu falava que não podia. Eu posso literalmente levar um banimento dentro do jogo por conta disso. Acabou que eu ficava muito privado, mas quando veio a Série A e vimos que não tinha nenhuma restrição para mim, aí falei: vamos lá”, disse.

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Foto: Felipe Maaker

Neste meio tempo todo, como está a Cloud9 a respeito da situação? Segundo drakoNz, a organização não tem total conhecimento de todos os detalhes, mas o acompanha e apoia sempre que possível. Ele ainda revelou que a equipe propôs levá-lo aos Estados Unidos para fazer um teste em 2020, mas a oportunidade não deu certo.

“A Cloud9 está ciente até certo ponto. Não acho que está acompanhando 100%, mas eles têm o conhecimento de que sou um bom jogador e tenho potencial. Não é à toa que já me sondaram para fazer um tryout no time oficial deles, mas por conta da barreira linguística - não falo fluente inglês - acabou não dando para fazer. Eles [Cloud9] sabem sim que estou competindo com um grupo de amigos e não me proíbem de nada. Sempre me apoiaram em tudo. Quando eu decidi também trocar de jogo, eles me apoiaram e não deram simplesmente um pé para trás. Eu gosto da Cloud9 por causa disso”, revelou.

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Mas e se a Cloud9 chamasse drakoNz, em definitivo, para a line-up oficial de VALORANT? O streamer não hesitou na resposta e foi além: deixaria todos os patrimônios aqui no Brasil para viver o sonho.

“Então, tipo, se a Cloud9 me chamasse, eu tava dentro agora. Não tem essa. Já estou em casa, é só me mudar de país. Largo tudo que tenho aqui, tenho casa, tenho carro. Já fiz isso uma vez e fazer duas não é difícil”, concluiu.


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