
Foto: Lance Skundrich/Riot Games
Os rounds que deram o Mundial de VALORANT à LOUD
Organização brasileira acumulou jogadas de efeito e venceu situações decisivas na final do Champions 2022
Com cinco jogadores fortes mecanicamente, a LOUD esteve no seu auge ao longo da final vencida contra a OpTic pelo VALORANT Champions 2022. A equipe venceu as principais situações decisivas no decorrer da decisão, e isso teve influência direta no resultado positivo. Pensando nisso, o The Enemy separou cinco rounds que foram essenciais para o título mundial de VALORANT por parte de Sacy e seus companheiros.
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Aspas sendo Aspas
12 a 9 para o time adversário, seu time tem a vantagem numérica no round e mesmo assim um dos seus companheiros continua avançando no meio da Ascent. Talvez qualquer outro jogador que não fosse o Aspas seria repreendido, mas é o Aspas: o cara que pode desequilibrar uma partida sozinho.
Foi assim que ele protagonizou uma das eliminações mais absurdas da história do VALORANT, quando estava cego pelo Manto Sombrio do Omen e conseguiu eliminá-lo com a última faca do ultimate da Jett. O fato da jogada ter dado certo fez com que a equipe brasileira seguisse em vantagem no round, que era o famoso matar ou morrer do mapa.
Felizmente, a equipe brasileira venceu o round em questão e Aspas impressionou novamente o mundo - só que agora sem a contestação de usar cheat. A LOUD então ganhou força e empatou a Ascent em 12 a 12. O resto é história.
Falou em clutch, falou em Sacy
Sabe aquele clutch decisivo que toda grande final quase que obrigatoriamente precisa ter? Desta vez, claro, não seria diferente. E seria injusto se não fosse pelas mãos de Sacy, aquele que saiu da zona de conforto no League of Legends (LoL) e apostou tudo no VALORANT. De fato, a aposta valeu a pena.
Era o round perfeito para tudo dar errado: 13 a 13 no placar, prorrogação, e a situação era de 2 vs 1 a favor da LOUD, mas Aspas e Sacy tinham pouca vida e o tempo estava a favor da OpTic. O primeiro foi eliminado enquanto Sacy plantava a Spike e não podia cancelar. Crashies, da OpTic, jogou da maneira correta, mas Sacy era quem estava iluminado.
Inexplicavelmente Sacy conseguiu ter tempo de pular, puxar a Phantom nesse meio tempo e eliminar o oponente quando descia do salto. É provável que nem ele, Crashies e tampouco os desenvolvedores do VALORANT saibam explicar como isso aconteceu, mas aconteceu. E a partir disso a LOUD fez 14 a 13 e consequentemente fechou o mapa na sequência.
Milagre? Chama o Aspas
A OpTic tinha 12 a 11 a seu favor na Breeze e estava a um passo de não só virar a série, como também ficar a um mapa de conquistar o título. Durante a transmissão brasileira da Riot Games, o caster Spacca pediu um “milagre” por parte da LOUD. Mas o que é um “milagre”? É o ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais.
Mas o que é o Aspas? É um jogador profissional fora do comum, inexplicável pelas leis naturais. Era, então, o casamento perfeito. E o pro player da LOUD tirou da cartola três eliminações realmente inexplicáveis no último round do tempo normal da Breeze. Com 5v2 a favor do time brasileiro, o resultado não poderia ser diferente: 12 a 12 no mapa.
A verdade precisa ser dita e a jogada, além da plasticidade, talvez tenha sido a mais importante da série pelo contexto. Isso porque se a OpTic vence a Breeze, muito provavelmente todos os contornos por trás da Haven - que era o mapa seguinte - seriam diferentes. No fim, deu LOUD por 16 a 14.
17 anos, mas carinha de 30
Aos 17 anos, o que você fazia? Bom, o Less, além de estar no Mundial de VALORANT, conseguiu um Ace decisivo ao longo da decisão do torneio. E não foi um Ace comum como qualquer outro. O round era bônus, a OpTic tinha a vantagem nos armamentos e estava naquele que poderia ser o último mapa da final. A organização norte-americana sabia que, se perdesse aquele round, seria praticamente impossível reverter o placar.
A Spike foi ao chão por parte da LOUD e a OpTic já realizava o processo de retake quando Less aparentou ter mais de vinte anos de carreira em jogos do gênero FPS. Ele sabia que precisava buscar jogo, já que era o único de Vandal, e deu a famosa “marotada” dentro da smoke para eliminar os adversários um a um.
O Ace foi tão importante que a LOUD fez 10 a 5 no placar, estabilizou a economia ao ficar com quatro jogadores vivos e abalou psicologicamente a OpTic. O famoso round dos sonhos para todo pro player: ir bem individualmente, influenciar coletivamente e de quebra ainda definir uma partida. Se Less sonhou com isso alguma vez, saiba que ele realizou.
Chave de ouro
A trajetória da LOUD não poderia ter terminado melhor. Apesar de não ter sido o round que fechou o último mapa da série, o clutch de Sacy que concretizou o 12 a 5 a favor da equipe brasileira fechou o caixão da OpTic na decisão. Se o jogador já havia sido decisivo na Ascent, a premissa não mudou na Haven.
Spike no chão e um sonho na mão: Sacy lidava contra dois adversários em uma situação que parecia adversa. Adversa só na teoria mesmo, porque na verdade pareceu fácil. Sacy deu duas balas na cabeça de cada um deles e proporcionou o matchpoint para a LOUD.
Ali caía a ficha da grande maioria dos brasileiros de que o Brasil era campeão mundial de VALORANT. Era, portanto, a tão sonhada chave de ouro que representava muito mais do que o ouro por si só, e sim o fim da subestimação internacional de uma comunidade.
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