
LoL: LEC sofre retaliação após anunciar parceria com empresa da Arábia Saudita
Campeonato europeu se aproximou de país que tem posicionamento homofóbico e intolerante, contrariando as próprias diretrizes do torneio
Atualização (29/07 - 22:40): A Riot Games, após descontentamento da comunidade, anunciou o final da parceria com a NEOM. Leia aqui.
A LEC, torneio oficial de League of Legends na Europa, anunciou o NEOM como seu novo patrocinador, gerando certa revolta na comunidade. O NEOM é um projeto de cidade transnacional, que seria situada na fronteira noroeste da Arábia Saudita, próximo a Jordânia, Israel e Egito.
A reação foi praticamente instantânea, já que a posição política da Arábia Saudita é declaradamente homofóbica, religiosamente intolerante e machista. O país possui histórico de perseguição a indivíduos LGBTQIA+ e também a xiitas, além de não permitirem a construção de igrejas ou sinagogas.
De imediato, membros da equipe de transmissão da LEC deixaram sua indignação transparecer nas redes sociais; Froskurinn, analista lésbica, foi uma das mais vocais: "Isso é decepcioante por ser a LEC. É meu time, meu produto, meus gerentes, meu escritório. Minha família. Minha Casa. Isso não é alguém em uma sede distante que eu não conheço. Isso é devastador porque sei quem fez essas escolhas e me sinto silenciada".
Além dela, os casters Drakos, Vedius e Medic, e a apresentadora Sjokz, também declararam sua decepção nas redes sociais. Ironicamente, a foto de perfil da LEC nas redes sociais faz alusão à bandeira do orgulho LGBTQIA+.
Além da LEC, a BLAST, organizadora de grandes eventos no cenário de CS:GO, também anunciou parceria com o NEOM, mas não sofreu retaliações tão incisivas.