
Foto: ESL
IEM Dallas: gla1ve compara queda da Astralis com CS brasileiro
Capitão da Astralis falou sobre retorno de device e Counter-Strike 2
A Astralis deu sinais de que pode voltar à velha forma: com uma boa campanha no IEM Dallas 2023, caindo nas quartas de final, e uma performance absurda de device, o time dinamarquês sonha em conquistar o mundo mais uma vez, repetindo os feitos de 2018 e 2019. O The Enemy conversou com gla1ve, capitão da equipe, que celebrou o retorno do AWPer e comentou sobre a situação do Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) brasileiro.
“Não é como o time antigo, mas é muito bom ter device de volta. Ele é um grande jogador, um bom companheiro e também um grande amigo meu, então estou bem feliz de tê-lo de volta no time”, elogia o IGL.
Para quem não se lembra, a Astralis de gla1ve e device venceu quatro Majors entre 2018 e 2019: o primeiro deles com Kjaerbye, Xyp9x e dupreeh, e os outros três, vencidos consecutivamente, com Magisk no lugar de Kjaerbye.
IGL desde aquela época, gla1ve fala como o jogo mudou ao longo dos anos:
“A parte mais difícil é que as pessoas são muito mais agressivas agora. Elas estão fazendo várias jogadas individuais. Como IGL, é difícil de ser defensivo e tentar se proteger disso. Você quer ser ofensivo também, então às vezes o jogo se torna mais sobre a habilidade individual do que sobre as táticas. No passado, era mais sobre a tática e menos sobre a habilidade individual”, analisa.

Já pensando no futuro, gla1ve comenta sobre a chegada do Counter-Strike 2 e como ele pode afetar sua carreira:
“Claro que você precisa pensar sobre isso, porque agora tem um novo jogo chegando em algum momento, e se você não for bom o suficiente nele, talvez você tenha que tentar virar técnico. Pra mim, se eu ainda tiver a habilidade para poder competir, então vou permanecer como jogador. Senão, eu provavelmente viraria técnico, mas espero que eu ainda seja um bom jogador, porque eu ainda gosto de jogar e ser IGL”, confessa.
Falando sobre o cenário brasileiro, gla1ve tem certa empatia com a dificuldade de reencontrar o caminho para os títulos — afinal, ele próprio não conseguiu mais repetir os bons desempenhos da época dourada.
“É provavelmente o mesmo que aconteceu com vários outros times, se você olhar para os poloneses e nosso time, é a mesma coisa acontecendo. É difícil se manter no topo por tanto tempo, você precisa trazer muito talento para continuar sendo o melhor ou um dos melhores times do mundo. Agora vocês têm a FURIA. Eles foram bons, mas não conseguiram encontrar a receita especial para vencer torneios”, reflete o dinamarquês.
Em sua visão, o estilo de jogo dos Panteras pode ser um problema a ser superado por eles mesmos:
“Acho que eles têm um bom time, mas é difícil vencer campeonatos com o estilo de jogo único que eles têm, mas é bom para surpreender e vencer bons times. Ele é muito agressivo, e às vezes só não funciona. Estou ansioso para ver o que acontece com o cenário brasileiro nos próximos anos, porque gosto bastante dos fãs e dos jogadores, e tenho grande respeito pelas coisas que eles fizeram”, complementa.
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Finalizamos a conversa com o rumor da vez: a possibilidade de FalleN ser transferido para a FURIA, e gla1ve até gosta da ideia, mas tem ressalvas:
“Quando você coloca no papel, pode ser bom, mas é claro que haverá alguma dúvida na cabeça. É a mesma coisa se eu estivesse fora por um tempo e voltasse para a Astralis; talvez as pessoas duvidassem um pouco e dissessem que não é o melhor, mas FalleN já se provou mais de uma vez, então talvez ele possa fazer isso mais uma vez, mas com a FURIA. Seria legal, eu torceria por eles pelo menos”, brinca gla1ve.
O jornalista viajou para Dallas a convite da Intel.
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