A semana não começou nada bem para boa parte dos funcionários da Garena, no Brasil. Isso porque a empresa promoveu uma onda de demissões em massa, nesta segunda-feira (5), pegando seus próprios profissionais de surpresa.
Segundo apuração do The Enemy, ao menos 40 pessoas foram demitidas das operações brasileiras, a maior parte envolvendo a Booyah!, plataforma para transmissões ao vivo que nasceu apoiada na popularidade de Free Fire.
LEIA MAIS:
- Rock in Rio terá torneios de CS:GO, VALORANT, Free Fire e mais
- 5º Aniversário do Free Fire terá Justin Bieber grátis e mais
- Fluxo se torna sócio e passa a fazer parte da Liga W1N
O número exato de demissões ainda é incerto, porém, fontes indicam que o número pode alcançar cerca de 300 pessoas ao redor do mundo.
A onda de demissões segue após o resultado financeiro da Sea, empresa mãe da Garena, Shopee e da fintech Sea Money, que acumula cerca de US$ 1 bilhão de prejuízo nos últimos meses. A informação também foi reportada pela Reuters na semana passada.
Segundo a reportagem da Reuters, a empresa não vai mais atualizar o aplicativo Booyah e já previa um corte "entre 30 a 40 pessoas". Porém, a agência de notícias não previu que esses cortes fossem ainda maiores.
À Reuters, a Sea declarou que a empresa "fez algumas mudanças para melhorar a eficiência em nossas operações que afetam várias funções", dizendo que se concentraria na "força de longo prazo de nosso ecossistema".
Repercussão no Brasil
O assunto veio à tona quando algumas das pessoas demitidas comentaram sobre o tema nas redes sociais. Um dos principais nomes a dar visibilidade no Twitter foi Pedro Falcão, desenvolvedor de games, que criou uma rede de apoio aos profissionais que deixaram a empresa.
O The Enemy conversou com alguns desses profissionais que pediram para manter seus nomes em sigilo e confirmaram que foram pegos de surpresa:
"A informação chegou para gente hoje de manhã, do nada. Até semana passada, pelo menos na parte em que eu atuava, tudo parecia bem e estável", disse uma das pessoas ouvidas.
Ao mesmo tempo, também foi dito que a explicação dada para alguns funcionários foi de que eram "ordens de cima" e não tinha a ver com desempenho dos profissionais.
Nos bastidores, muitos ainda temem que este possa não ser o fim dos cortes. Inclusive, foi o que uma das pessoas ouvidas disse ao The Enemy: "O clima no momento é de ‘quando será a próxima vez'".
O The Enemy entrou em contato com a Garena, via assessoria de imprensa, buscando uma declaração oficial do que realmente aconteceu e qual o futuro da empresa no país. No entanto, até o momento em que esta matéria foi escrita, não houve uma resposta.
Esta reportagem será atualizada caso a empresa se manifeste.