O mercado de esportes eletrônicos foi pego de surpresa com duas grandes notícias, nesta segunda-feira (24). A primeira delas é a união entre ESL e FACEIT, que são muito fortes no Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), porém, em outros jogos também. A segunda é de que ambas foram vendidas por US$ 1,5 bilhão - aproximadamente R$ 8,22 bilhões.

A informação inicial foi veiculada pelo SBJ e, posteriormente, a venda confirmada foi pela própria ESL em nota. O portal internacional apurou que a ESL foi vendida por US$ 1 bilhão, enquanto a FACEIT custou US$ 500 milhões.

O comunicado da ESL afirmou que as empresas continuarão operando da mesma forma e em suas particularidades. Na FACEIT ainda será possível subir de rankings e jogar a FPL, enquanto na ESL os fãs continuarão acompanhando as grandes competições organizadas pela empresa.

Além disso, também foi dito que serão incluídos novas diretrizes e objetivos. Entre eles, a ideia é criar um caminho ainda mais claro de como um jogador inicia sua carreira no nível amador e chega ao profissional e também democratizar mais o game ao fortalecer mais regiões e integrá-las a um nível global - coisa que falta e muito no Brasil, por exemplo.

Confira parte do comunicado da ESL:

"Mostraremos aos jogadores seu 'caminho para o profissional' e o progresso que eles fazem. Descubriremos estrelas em ascensão. Vamos alargar a nossa oferta de competições online e integrá-las diretamente nos circuitos de equipes profissionais. Nosso foco será desenvolver programas de treinamento e aprendizado fortes em nível amador, ao mesmo tempo em que usamos nossas transmissões profissionais de e-sports para elevar e contar as histórias de times e jogadores em ascensão.

Apoiaremos mais jogadores, em mais regiões ajudando no desenvolvimento da base e das cenas locais para que elas possam ocupar seu lugar em uma comunidade global. Para permitir uma verdadeira competição global, estamos misturando o jogo online com eventos amadores e profissionais de LAN, construindo um nível de base estável. Organizadores de torneios independentes serão apoiados na construção de suas competições locais e também representação global.

Também desenvolveremos ainda mais nossas ferramentas e tecnologia para dar a todos um acesso a ambientes competitivos tranquilos e justos. A competição só é legitimada através de experiências iguais e justas para todos os jogadores. Continuaremos a desenvolver agressivamente nossa infraestrutura de servidores, ferramentas de torneio e soluções anti-cheater em vários jogos para fornecer condições equitativas. Essa tecnologia continuará acessível a todos gratuitamente."

Quem foi capaz de desembolsar esta bolada foi o Savvy Gaming Group, que trata-se de uma entidade focada nos games, a qual é financiada pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita. O país, no entanto, não é bem visto no mundo dos games, pois cada vez mais o assunto dentro do nicho é a igualdade e direitos humanos, que são dois pilares muito criticados da Arábia, pelo ocidente.

Já há, inclusive, casos em que grandes empresas do ramo como Riot Games e BLAST, que encerraram seus contratos com empresas ligadas ao país. Da mesma forma, a realização do Girl Gamer Festival, em Dubai, também foi duramente criticada.

Aos fãs, resta aguardar para saber o que mudará na prática e se estar alterações serão benéficas ou não para eles e os cenários de games e esports em que estas empresas estão inseridas.