
CSGO: Valve mostra nova postura de reverter decisões desacertadas
A mudança, porém, se mostra gradual e nem sempre a empresa volta atrás em um timing aceitável
Conhecida por uma atuação distante no Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), a Valve, dona do jogo, já foi até mesmo chamada de "pai que abandonou o filho". No entanto, aos poucos, a empresa tem mostrado uma nova postura, a qual aceita um pouco mais reverter decisões para consertar erros.
Quando falamos sobre essas ações de voltar atrás, podemos citar alguns casos de um passado pouco distante. Um deles foi sobre a revisão de jogadores banidos pelo VAC. Aqui no Brasil, o caso ficou famoso principalmente por envolver vsm.
Você pode até discordar e tudo bem. Mas, na minha visão, banir permanentemente do competitivo uma pessoa que foi pega pelo VAC aos 12 anos, por exemplo, me parecia exagerado. Ela merece sim ser punida, mas creio que não para sempre.

Lembrando que este caso é diferente de pessoas que trapacearam - seja com hack ou combinação de resultados - já no âmbito profissional. Como esses episódios não são tantos assim, ao menos que saibamos, é possível sim julgar caso a caso de acordo com suas particularidades.
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Outro momento em que a Valve voltou atrás em uma decisão importante foi sobre como precificar o CS:GO. Em 2018, a empresa decidiu que o jogo seria grátis e o status prime poderia ser obtido apenas upando level. Após uma péssima experiência com hacks criando contas à vontade, a ação foi revertida em 2021 e hoje o Prime custa R$ 72 na Steam.
Mais recentemente, na verdade ontem, quarta-feira (1), um novo episódio sobre a Valve mudando de ideia aconteceu com Guerri e Apoka sendo liberados para voltar a atuar em RMR e Major - tanto como treinadores quanto nas transmissões.

O fato veio após grande luta por parte da FURIA e seus advogados, os quais entendiam que a postura da empresa não fazia sentido. Afinal, quando foi para punir, acataram as denúncias e penalidades da ESIC. Porém, quando a entidade aceitou as defesas dos treinadores e diminuiu a punição, a Valve não acompanhou e deixou a dupla de fora das maiores competições do planeta - até agora.
Por conta de algumas demoras, ainda está claro que o processo segue lento na Valve. Mas agora, ao menos parece que ele existe. Creio que não seja exagero dizer que o pai está mudando suas atitudes em relação ao filho abandonado - apesar de ainda faltar muita coisa.
É uma mudança gradativa, que começou com uma conta no Twitter um pouco mais movimentada, passou por licenciamento de produtos oficiais e agora foi até para reversão de ações importantes.
Não sabemos até onde a Valve vai com essa mudança de postura e o quanto, de fato, irá melhorar. Inclusive, é até estranho nutrir esperanças por coisas que deveriam ser lógicas, mas, é o que temos por enquanto… Será que finalmente o pai voltará para casa?
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