
Foto: Nivea/Gaules
CS:GO: "Quando é o nosso ápice no ano?!", questiona Gaules
Streamer afirmou vive um looping há cinco anos, em que brasileiros estão sempre devagar e não conseguem atingir seu potencial
A derrota da paiN Gaming de Counter-Strike: Global Offensive, de 2 a 0 para a IHC, pela IEM Katowice 2023, gerou um debate e questionamentos entre os streamers do Omelete, Gaules, mch e Apoka. O trio concordou que há muito tempo as equipes brasileiras performam muito abaixo do esperado e raramente conseguem atingir o que é esperado deles.
Visivelmente desapontado, o primeiro a falar sobre o assunto foi mch, classificando as atuações da paiN como "muito abaixo".
"Beleza, o IHC é um bom time. Mas por que nós sempre achamos que o brasileiro é melhor? Porque os brasileiros já mostraram resultados que o IHC não mostrou e não vai mostrar nunca. Mas a gente está jogando muito abaixo, os caras não estão jogando o que podem. Vocês não sentem isso, que dá para ser melhor? O paiN é um time melhor que o IHC, me desculpa falar isso, mas é melhor!"
Apoka concordou com a fala do companheiro e disse que para 2023, ele tem dois desejos para os times brasileiros. O primeiro é que o nosso melhor time, a FURIA, seguisse evoluindo, mesmo que devagar. O ex-treinador demonstrou que tem medo da equipe estagnar e disse que almeja apenas que eles sigam evoluindo, independentemente do ritmo.
Já o segundo desejo é para o Brasil ter um Top 2 definitivo na temporada, o qual mostre consistência:
"Um time brasileiro que figurasse no Top 15, que fosse tipo uma BIG, que está sempre ali, de vez enquando ganha de bons times, mas não perde para IHC da vida, Grayhound, Sprout...", declarou Apoka. "É complicado porque nosso Top 2 está muito aberto e aberto para baixo neste momento", completou opinando e afirmando que nosso Top 2, atualmente, é Top 30 a 40 do mundo - seja ele quem for.
LEIA MAIS:
- MIBR conquista ESWC 2006 e coloca o Brasil no mapa mundial dos esports
- CS:GO: AK da FURIA é engolida pelo chão em jogo contra a BIG
- CS:GO: Gamers Club e LnK farão as classificatórias do RMR das Américas
Entrando na conversa, Gaules indagou o fato dos times nacionais parecerem que nunca estão 100%. Estão sempre engrenando, chegando lá e, quando parece que estamos realmente perto, acaba a temporada.
"Eu fico pensando que a gente vive um looping assim: termina o ano e não estamos bem. Começa o ano e parece que estamos começando a nos preparar para um ano, em que ainda não estamos bem. Começam os primeiros campeonatos do ano e o time ainda está pegando ritmo, está tudo certo, é só o começo. Quando chega no meio do nao, o time ainda não pegou ritmo, mas relaxa, vai mudar. No final do ano, o time vem um pouco mudado, com o ritmo um pouco acelerado, mas vai ter player break e voltamos ao início do looping. Estou vivendo esse looping há cinco anos. Quando estamos no nosso ápice? Quando é aquele pico em que falamos, é agora!", questionou.
O trio também contestou o fato das vagas estarem sempre muito divididas entre as equipes brasileiras e não há uma constância internacional de jogos. Ao mesmo tempo, isso gera uma incostância nas performances dos times e nem sempre o melhor do momento é o que está disputando aquele torneio mundial específico.
No final do papo, o trio ainda brincou dizendo que compraria as vagas das competições e gentilmente ofereceriam para o time o qual julgassem que está melhor preparado naquele momento.
Confira a conversa de Gaules, mch e Apoka completa aqui:
Voltando ao âmbito mais sério das questões levantadas, a verdade é que ninguém tem uma solução exata para o que acontece. Se tivesse, enviaria um e-mail aos times, como o próprio Gaules brincou durante a transmissão. Ainda assim, ficam os questionamentos do porquê as equipes brasileiras, constantemente, entregam menos do que podem.
Hey, listen! Venha se inscrever no canal do The Enemy no YouTube. Siga também na Twitch, Twitter, Facebook e TikTok. Aliás, somos parceiros do BIG Festival, o principal evento de jogos da América Latina, que aproxima o público com o desenvolvedor de jogos. Vem saber mais!