A ESL ainda não convenceu a comunidade brasileira de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). De todas as tentativas da empresa até o momento, pouquíssimas foram elogiadas - e com razão. A organizadora de torneios e a própria Valve estão devendo e precisam compensar no IEM Rio Major 2022.

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O anúncio do IEM Rio Major 2022 aconteceu em maio de 2022, após uma gigantesca espera dos fãs brasileiros, que viram o que seria o primeiro Major de CS:GO da história do país ser adiado por conta da pandemia. Neste adiamento, é óbvio que ESL e Valve não tiveram a menor culpa. Mas, ficam registradas a frustração e a ansiedade do público local.

Com o novo evento marcado, o hype voltou a tomar conta da comunidade nacional. Porém, erros e até desastres da ESL diminuíram consideravelmente a alegria e até a confiança no que está por vir.

O primeiro baque veio com o local escolhido como palco do IEM Rio Major 2022, a Jeunesse Arena.

Muitos esperavam mais e chegaram a pedir até estádios de futebol como Maracanã, Allianz Parque e Arena da Baixada. Em matéria, mostramos que a Jeunesse tem o "tamanho padrão" de um Major de Counter-Strike, mas o brasileiro esperava o maior Major da história e não um padrão. Até aí, pessoalmente, eu não esperava nada fora do comum, mas os fãs aparentemente sim.

Em seguida aconteceu a venda dos ingressos, que era outro momento extremamente aguardado. Do fã que acompanha o cenário profissional por alto, até quem trabalha com CS:GO, todos esperavam garantir sua vaguinha no evento. No entanto, o que essas pessoas encontraram foi um site extremamente lento, ineficaz e uma escassez de ingressos quase instantânea.

Neste caso, faltou um alinhamento de expectativas da empresa, juntamente aos fãs. Faltou transparência. Isso porque vários ingressos já estavam garantidos do primeiro Major anunciado, de 2020. Mas ninguém fazia ideia de quantos. 

No próprio dia da venda, raríssimos eram os comentários nas redes sociais de "eu consegui". No lugar disso, apenas reclamações e memes do quão ruim foi a experiência.

Avançando no tempo, chegamos nas seletivas para o RMR das Américas. Na primeira delas, erraram de cara ao escolher a ESEA como plataforma de jogos e, o desastre já anunciado, aconteceu exatamente como previsto. Atrasos, travamentos, adiamentos e mais marcaram todos os dias de competição.

No segundo dia mudaram para a FACEIT, mas ainda parecia que estávamos assistindo o primeiro. Os problemas e polêmicas seguiram à risca o primeiro qualify e mais uma vez, fãs - e agora até jogadores profissionais - se mostraram extremamente frustrados e insatisfeitos.

O terceiro talvez tenha sido o menos ruim, se é assim que podemos denominá-lo. Porque bom também não foi. No geral, o saldo não pode ser outro senão um desastre.

Por falar em RMR, o RMR das Américas ignorou o próprio nome e foi anunciado em Estocolmo, na Suécia. Mais um tapa na cara de fãs que esperavam ao menos ver seus ídolos pelo Brasil, encontrá-los nos servidores da Gamers Club e afins. Seria interessante até que outro país LATAM pudesse ter sua participação nesta festa como sede do RMR, mas não rolou…

Sobre isso, houve até desculpas públicas de Shaun Clark, Diretor de Gestão de Produto da ESL: "Ficamos presos na otimização da logística e perdemos de vista o que era a coisa certa a fazer / melhor para a comunidade".

Este foi o resumo de tudo que precedeu o IEM Rio Major 2022 até aqui. Chega a ser difícil encontrar pontos para elogiar. E que fique registrado principalmente, que os fãs estão lotados de razão nas críticas que fazem. Não devem mesmo aceitar qualquer coisa.

No futuro, não sabemos o que nos aguarda. Mas esperamos que esses erros sejam compensados. O fã brasileiro, o mais apaixonado do mundo, merece mais!