Duas semanas depois de ser desbanido pela Valve, Apoka falou, com exclusividade ao The Enemy, sobre o caso. Durante o papo, o streamer da Tribo comentou a respeito do forte apoio que recebeu da comunidade e até mesmo da gratidão que tem pela FURIA, por ter ajudado no caso.

Em entrevistas antigas, Apoka já disse o quão difícil foi passar por esse período. Ainda assim, ele afirma que nunca deixou de acreditar no final feliz.

"Eu tinha esperança sim [do desbanimento], porém não que fosse agora. Achei que demoraria muito mais pra alguém da Valve dar uma olhada no caso e analisá-lo, visto que a Valve tem - ou pelo menos tinha - um histórico de demorar muito pra rever casos do competitivo", disse Apoka.

Apesar da esperança que nutria, o fardo não deixava de ser pesado. Para suportá-lo melhor, Apoka se apegou, de forma ainda mais forte, no que lhe fazia bem naquele momento.

"Foi uma época difícil e em todo major essa sombra voltava a pairar sobre mim. Eu até consegui desencanar e criei o 'Central do Major', pois tive muito apoio da galera. Lembro que o Gau, o Michel e toda a Tribo divulgaram bastante e foi muito legal. No meio de tudo isso, o que não me dava trégua e sempre foi mais difícil para mim, era viver sabendo que era uma questão em aberto e sem uma resposta da Valve", relembrou.

Fora o carinho de Apoka pela comunidade brasileira de CS:GO, que cresceu ainda mais durante este período nebuloso, o criador de conteúdo também exala um grande sentimento de gratidão pela FURIA. Segundo ele, a organização foi um agente importante para que essa história chegasse a um final feliz mais rapidamente.

"No começo do caso, ‘contra a ESIC’, eu acompanhei mais de perto e tive até que contratar um advogado para que eu tivesse o direito de defesa. Assim que a ESIC olhou, retirou tudo [acusações e penalidades]. Na parte VALVE, por ser o mesmo advogado do Guerri, eu meio que desencanei e deixei na esperança de que algum dia alguém olhasse isso. Como para a FURIA e para o guerri era ainda mais importante que essa decisão fosse rápida por parte da Valve, eles correram bastante atrás. E o mais legal é que sempre quando falavam do caso do guerri, incluíam meu caso junto. Tenho um agradecimento muito especial pela FURIA, principalmente pelo Akkari e pelo Jaime, nesse processo todo."

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Com um sorriso no rosto, Apoka lembra exatamente do momento em que recebeu a tão sonhada notícia: "Eu estava em casa e recebi um email, do nada. Li uma vez e depois reli mais umas 10. Ainda fui confirmar se era da Valve mesmo e até perguntei para o pessoal da FURIA. Somente depois de algumas horas eu acreditei que era verdade!", narrou Apoka dando risadas.

Falando em sorriso e risadas,  já não era difícil ver Apoka nesta alegria. Agora então, ficou ainda mais fácil. Nesta nova etapa da sua carreira, ele quer focar toda essa energia boa para se aproximar ainda mais da comunidade criando conteúdos.

"Agora bate aquela ansiedade gigante, principalmente para o Major, pois com certeza a cobertura da Tribo vai continuar especial como sempre foi, mas desta vez com a minha adição", cravou Apoka. "Estou tão feliz que quero cobrir até o RMR Europa!", completou novamente com risadas.

O retorno oficial de Apoka a uma transmissão de um campeonato oficial da Valve, ocorre entre 5 e 9 de abril, no RMR das Américas. Por lá, 16 equipes disputam apenas cinco vagas no BLAST Paris Major 2023.

Inclusive, o RMR europeu também ocorre neste período e até maior, terminando apenas em 16 de abril. É conteúdo de sobra para a Tribo acompanhar este retorno, em twitch.tv/ale_apoka.