Campeãs do MEG Feminino de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), goddess e yungher concederam entrevista após a vitória sobre a Black Dragons e falaram mais sobre o salto de potencial da B4. Atualmente as jogadoras se veem no Top 2 do cenário feminino e acreditam que falta pouco para chegar no mesmo patamar ou até ultrapassar as Top 1.

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De acordo com goddess, um dos motivos para o time ter crescido tanto é que elas finalmente voltaram com a line-up que gostariam desde o começo, com a entrada da Poppins: "Quando acabou o torneio, eu abracei a poppins e falei que esperamos muito para tê-la de volta no time. Foi muito bom ganhar com ela vê-la provar que uma menina de 16 anos pode amassar todo mundo", disse a capitã da B4.

Yungher admitiu que não foi fácil para a jovem promessa jogar diante da torcida, mas que o time conseguiu segurá-la e deu tudo certo no final.

"A poopins ainda é bem nova, então querendo ou não ela estava nervosa sim. Mas todas nós o tempo todo puxávamos ela de volta, pedíamos pra focar em quem estava do lado dela porque o resto não importava, então creio que ela não chegou nem a se perder. Foi o tempo inteiro o time mantendo ela estável e ela foi incrível, como sempre", contou.

Foto: Sandro Mendonça/Reprodução

Além da escalação desejada ter sido formada, Goddess também destacou o trabalho em conjunto que é feito dentro da B4, para que a equipe consiga manter esta constante evolução.

"Atualmente nós somos a Top 2 do cenário feminino, como mostra o ranking. Nós evoluímos muito tecnicamente e taticamente e conseguimos chegar nesse patamar", cravou goddess. "Isso aconteceu muito pelo trabalho do Dark, que é muito bom, e do deco, que é nosso analista português e traz muita coisa diferente. Resumindo, analiticamente, taticamente e tecnicamente, estamos muito superiores a vários times hoje em dia. Independentemente se outras equipes tem mais experiência, no jogo, nós cinco juntas, estamos no melhor nível que já tivemos", complementou.

Todo o trabalho das jogadoras e da staff, é alinhado também com a B4 que, segundo as próprias atletas, tem oferecido tudo do bom e do melhor.

"Treinar em uma gaming house é completamente diferente. É tudo mais prático, mais imediato e mil vezes mais produtivo. E nós estamos conseguindo aproveitar muito bem isso. O próprio Dark já acorda engolindo demo e vai assim até de noite, para passar coisas pra gente e estudar as adversárias. A Julih também faz muito isso e comenta bastante sobre as reações que devemos ter contra cada time. Adicionando tudo isso a estrutura que a B4 nos oferece, é algo que não tem preço. É tudo o que precisávamos", revelou yungher.

"Nós somos cuidadas pela B4 em todos os aspectos. Nós literalmente só nos preocupamos em sentar e jogar. Na gaming house, tem uma pessoa que faz nossa comida, outra que limpa - inclusive, tia Suzi, você é maravilhosa -... Isso facilita demais nossa rotina e mantém nosso foco só no jogo", adicionou goddess, à fala da companheira.

Apesar da boa fase, as jogadoras da B4 ainda enxergam a FURIA na frente. Porém, elas já sabem o que precisam fazer para correr atrás desta margem e diminuí-la cada vez mais.

"Para nós, falta nos estruturar mais individualmente. Ter mais experiência de jogo mesmo. Hoje o Top 1 é ocupado por jogadoras antigas no cenário, que tem respostas muito boas em game. O CS é um jogo muito coletivo, mas uma decisão individual pode fazer a diferença. São micro erros que nós trabalhamos individualmente, até mesmo com nosso analista, o Deco, que senta com cada uma para ver e rever o que é feito e como podemos melhorar e dar um up no nosso jogo. Até porque, nossos jogos contra a FURIA é sempre aquele 2 a 1 apertado, o que mostra que estamos subindo, degrau por degrau", opinou goddess.

O dia é de comemoração para a B4, mas a festa não pode durar muito... Neste domingo (23), a equipe enfrentará a Black Dragons pela terceira vez seguida, desta vez pela ESL Impact League Season 2, às 21h30. O duelo é importantíssimo, pois vale vaga no Mundial, em Jönköping, na Suécia.

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