
CS:GO Feminino em 2022: A Dinastia FURIOSA sem um grand finale
As Panteras foram absolutas no Brasil, dominaram o ano e colecionaram conquistas. Ainda assim, ficaram com um gostinho de “quero mais”...
É impossível falar de Counter-Strike: Global Offensive feminino em 2022, sem falar da FURIA. As Panteras foram absolutas no Brasil, dominaram o ano inteiro e quase conquistaram o mundo. Ainda assim ficou um gostinho de "quero mais" na equipe. Nesta retrospectiva, vamos relembrar o ano do cenário, das FURIOSAS e de times que também mostraram alto nível como B4, MIBR, Black Dragons e mais.
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A Dinastia FURIOSA
A FURIA entrou em 2022 já com uma mudança feita no elenco. Diferentemente do time campeão da GC Masters Feminina IV, em 2021, o time vinha com a jovem Mari, de apenas 18 anos, no lugar de Gabee.
Com o passar das competições, ficou claro que a mudança não afetou o time negativamente. Foram mais de 10 títulos conquistados até dezembro, sem perder nenhuma melhor de três até então. Entre os mais importantes, podemos citar:
- Várias cash cup
- Liga Feminina Gamers Club
- BGS Esports 2022
- Aorus League
- Gamers Club Masters Feminina V
- Olga como melhor jogadora de CS:GO no Prêmio Esports Brasil
Além disso, o time não se "limitou" somente ao solo brasileiro. Conquistou três vagas para fora do país em primeiro lugar e em todas realizou a melhor campanha da história do cenário feminino nacional de CS:GO - foram três vice-campeonatos. Até então, nenhuma line-up brasileira de CS:GO havia chego à final de um mundial, enquanto elas carimbaram presença três vezes.
Com certeza foi um ano para Kaah, GaBi, Olga, Izaa, Mari e Segalla se recordarem.
Faltou o Grand Finale
O ano da FURIA feminina foi incrível e isso ninguém pode apagar. Ainda assim, ficou um gostinho, tanto para as jogadoras, quanto para a torcida, do "quero mais". Faltou um "grand finale" aqui.
Foram as melhores campanhas internacionais do CS:GO feminino e as jogadoras merecem gigantesco reconhecimento por isso. Ao mesmo tempo, os três vice-campeonatos para a forte Nigma Galaxy de aNa e Vilga, deixou o grito inédito de campeãs mundiais entalado na garganta das atletas.
A derrota para a B4 na decisão da GC Masters Feminina VI, freando mais de um ano seguido sem perder MD3 no Brasil, dentro do cenário feminino, também não foi a despedida que as FURIOSAS gostariam para 2022.
Faltou o grand finale, mas não faltou grandes momentos e conquistas para as melhores do Brasil e uma das melhores do planeta.
B4 (ex-BD)
Falando na decisão da GC Masters Feminina VI, a B4 é um dos times que merecem uma menção na retrospectiva. O time, que conquistou Ligas Femininas da Gamers Club,Cash Cups, MEG 2022 e a própria Masters, mostrou uma das maiores evoluções que esse cenário já viu, após meses de treinos, bootcamps e até uma mudança na line-up.
Inclusive, as duas vagas internacionais conquistadas - uma delas chegando nos playoffs - e o freio na FURIA, vieram para coroar o trabalho de goddess, yungher, julih, nani, poppins, darkpsy e dinha, que também fez parte dessa história.
Destaques para Yungher, que teve um ano incrível de boas atuações, além de poppins que, com apenas 16 anos mostrou personalidade, foi MVP da última GC Masters e provou que é o futuro do Brasil no CS:GO feminino.
Black Dragons e MIBR
Mesmo não tendo um ano repleto de conquistas, Black Dragons e MIBR se mostraram parte importantíssima do cenário feminino em 2022. No caso do Made in Brazil, mesmo perdendo sua principal estrela, Bizinha, o time manteve o alto nível e participou de todas as grandes competições nacionais e sustentou bons resultados. O ponto alto foi a conquista de uma vaga internacional e o 3º/4º lugar do mundo, na ocasião.
Para a BD, a palavra é resiliência. Durante a primeira metade do ano, as jogadoras não tiveram apoio e organização e usaram a tag "Quem São Elas". Sem desanimar, elas seguiram e conquistaram boas posições nos torneios. Coroando a firmeza de annaEX, cAmy, Babs, Lê, S1non - e outras que fizeram parte deste ciclo -, elas finalmente encontraram uma casa na BD, foram campeãs da Liga Feminina GC e ainda conquistaram uma vaga internacional para representar o Brasil no GIRLGAMER Festival.

O que esperar de 2023?
Fora os times citados nesse texto, outras boas equipes também fizeram parte da cena nacional. A W7M se mostrou importantíssima, assim como Endgame, Independence, Parabellum e mais, que também estiveram presentes em grandes competições.
É um cenário plural, berço de grandes nomes e que revela tantos outros talentos. A cena feminina inegavelmente é parte importantíssima do CS:GO nacional e assim deve continuar sendo.
2022 começou incerto, muitas migraram para o VALORANT, mas os eventos começaram a aparecer e o ano foi ainda melhor do que imaginava-se. Empresas como Gamers Club, ESL, ESEA, BGS, Aorus, entre outras, movimentaram o cenário e mostraram que o CS Feminino nacional não só está vivo, como é um dos melhores do mundo.
Em 2023, as brasileiras chegam para conquistar o mundo e entrar de vez na prateleiras de ídolos do game.