Foto: Divulgação/FURIA
CS:GO: com FalleN, FURIA inicia nova era como organização
Chegada do Professor era o que faltava para equipe cair nas graças da comunidade
Parece óbvio, mas é necessário dizer que a chegada de FalleN na FURIA marca o início de uma nova era para a organização, principalmente dentro do Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). Ainda não é possível cravar se a chegada do "Professor" trará resultados convincentes para os Panteras, que seguem em busca de um grande título na modalidade, mas é certo de que, pela primeira vez, a FURIA terá toda a torcida brasileira ao seu lado.
A afirmação até parece absurda à primeira vista: como pode o time que obteve os melhores resultados para o CS:GO brasileiro nos últimos três anos não ter toda a torcida ao seu lado? E, de fato, é algo que causaria estranhamento para qualquer pessoa que não testemunhou o que FalleN construiu no país.
Os times do Professor sempre foram os mais visados no cenário nacional. Luminosity, SK Gaming, MIBR e até mesmo sua passagem na Liquid chamaram mais atenção do que qualquer outro time do Brasil. Seu período na Imperial, com toda a narrativa do Last Dance, é a cereja no bolo, estabelecendo um recorde da Twitch numa partida que sequer valia vaga nos playoffs do Major da Antuérpia.
Claro, podemos falar sobre como os títulos e jogadas de FalleN o tornaram a estrela pela qual todo o Counter-Strike brasileiro orbita, mas é fácil concluir que eles são apenas a ponta do iceberg nesse caso. Sua desenvoltura, carisma, e vontade de florescer novos talentos dentro do Brasil foram o seu diferencial.
A criação da Games Academy e da FalleN Store são alguns dos exemplos de como FalleN usou as próprias mãos para crescer seu jogo fora do servidor. Acima de tudo, sua personalidade como frontman e seu timing midiático sempre foram o ponto principal: entrevistas, vídeos e transmissões ao vivo são entregues com muita qualidade pelo jogador, que não ficava devendo na performance e praticamente personificava o sonho de qualquer chefe de marketing numa organização.
Do outro lado da moeda, é incorreto dizer que essa construção de personagem faltou à FURIA: o técnico guerri já gastou alguns dias respondendo torcedores no Twitter prezando pela transparência; na época de VINI, a comunidade abraçou sua excelente fase junto do carinhoso apelido de Tubarão Linguiça. KSCERATO, claro, é o melhor jogador de CS:GO do Brasil nos últimos anos, e ainda que seja mais discreto, conquistou a admiração dos fãs.
Mas o brasileiro é saudosista, e a FURIA não tinha um passado de glórias para que a torcida se orgulhasse. Quando teve a melhor chance possível de construir essa história, a equipe perdeu para a Heroic nas semifinais do Major do Rio em um dos maiores amargores que a comunidade brasileira sentiu recentemente.
Na verdade, o passado dos Panteras podia até impedir a aproximação do público. Em 2020, num confronto com o MIBR de FalleN, fer e TACO, a FURIA não quis reiniciar um round em que FalleN teve problemas de conexão. É capaz de alguns torcedores nem lembrarem o resultado daquela partida ou o que ela valia, mas todos sabem da troca de farpas e polêmicas que pipocaram ao longo daquela semana.
Os jogadores do MIBR deixaram clara a insatisfação com os adversários, por uma suposta falta de fair play, e era óbvio o lado que a comunidade ia tomar. Os fãs apoiaram o Professor e colocaram arT e cia. como vilões da história, mancha que finalmente é apagada em 2023.
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Reforçando, não há nenhuma garantia de que FalleN encaixará como luva na FURIA e trará títulos para o CS:GO brasileiro finalmente se reerguer. Ainda assim, é impossível negar que os Panteras estão melhores acompanhados agora.
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