A Black Dragons é uma das representantes brasileiras no próximo Mundial feminino de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), o ESL Impact League Season 1. O The Enemy conversou com Goddess a respeito da competição e procurou saber mais sobre a classificação, o encaixe de dinha no elenco e também as expectativas para o torneio.

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A classificação da BD para o torneio foi uma das mais emocionantes da competição. Não só pelo que aconteceu em jogo, mas também fora dele. Depois da vitória sobre o MIBR, a própria Goddess divulgou um vídeo do momento em que ela e suas companheiras se emocionaram com a vaga garantida.

"É difícil conseguir descrever a sensação além de falar sobre felicidade e dever cumprido. Essa classificação teve um gosto diferente para cada jogadora, porque cada uma sabe o que passou pra chegar até aqui e sabe também de tudo o que foi abdicado durante esse tempo. Além disso, nosso time sempre foi visto como 'underdog', então evoluir da forma que evoluímos e nos classificarmos para as finais sem dificuldades, serviu pra mostrar que o nosso time veio para ser um dos melhores, não só do Brasil, mas do mundo. Eu particularmente fiquei muito orgulhosa do meu time, pois todas deram o seu melhor para conseguirmos esse resultado", disse a jogadora da BD.

O triunfo da BD e o carimbo da passagem rumo à Dallas também serviu para mostrar que o elenco manteve o alto nível, mesmo após precisarem mover a jovem estrela, Poppins, para a reserva, pois ela não tinha idade permitida pelo campeonato para disputá-lo.

Quem entrou no lugar vago foi a experiente dinha. Segundo Goddess, a escolha de dinha para ocupar a lacuna em aberto foi "instantânea". Ela conta que havia outros nomes no radar, mas todas enxergavam dinha como a melhor opção pelo combo de experiência, ser alguém fácil de lidar e também por já ter trabalhado no passado com jogadoras do time, até mesmo na própria Black Dragons.

"A dinha se encaixou bem rápido no time", revelou Goddess. "Focamos os primeiros dias em adaptar ela nos mapas e posições e também conversamos bastante sobre o jogo e tudo o que ela poderia fazer para nos ajudar. Com ela no time, nosso elenco passa a ser composto por cinco jogadoras antigas no cenário e bem experientes, o que torna tudo mais fácil", completou.

A tal adaptação, no entanto, não veio do dia para noite. Há dois meses a Black Dragons se encontra em um intenso bootcamp, treinando de 10 a 13 horas por dia, contanto o individual, coletivo e afins. Com todo este preparo, as atletas querem alcançar voos que nunca alçaram antes. Para Goddess, este é um dos melhores momentos já vividos pela equipe, o que é perfeito para subir alguns degraus e patamares na cena nacional e mundial.

"Estamos num momento muito bom do nosso time, seja individualmente, coletivamente e até no off game também, porque somos bem amigas. Estamos muito confiantes de que conseguiremos enfrentar qualquer time sem muita dificuldade, o foco é 100% nisso."

Foto: Black Dragons/Reprodução

Aliado a tudo isso, a jogadora da BD vê a si mesma e suas companheiras bem tranquilas para enfrentarem os desafios que vem pela frente: "Mesmo só a dinha tendo experiência em campeonatos internacionais, estamos super tranquilas pra falar a verdade. O sentimento é de muita empolgação, mas sem nenhuma pressão. Vamos fazer nosso trabalho e nos divertir jogando".

Fora a própria FURIA, que tem se mostrado o time a ser batido no cenário feminino nacional, Goddess elegeu CLG Red e Nigma Galaxy como as adversárias mais perigosas do mundial. A vasta experiência das europeis e das norte-americanas preocupa. Ainda assim, o objetivo é o mais alto possível...

"Sempre traçamos um objetivo de cada vez, mas pelo curto período do campeonato, nosso principal objetivo é sermos Campeãs", cravou Goddess. "Faremos tudo que estiver ao nosso alcance pra conquistarmos esse troféu", seguiu.

A ESL Impact League Season 1 acontece entre 3 e 5 de junho, em Dallas, nos Estados Unidos. Por lá, oito times disputam o título e a maior parte da premiação de US$ 123 mil - cerca de R$ 582,8 mil.