CutzMeretz. Ninguém sabe o que quer dizer, mas todos sabem que ele tem algo a dizer. Esta foi a fama que pegou no jogador de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) da Meta Gaming, que mostrou uma postura extremamente combativa em suas redes sociais. Durante o Rock in Rio, nas finais do CBCS, foi exatamente sobre isso que ele conversou com o The Enemy.

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De início, perguntamos sobre sua fama de bad boy no cenário, algo que ele negou que seja e explica o porquê: "O termo bad boy pode ter várias definições. Mas no meu caso, vai muito de não aceitar coisas erradas. Quando se vê algo errado, é preciso bater de frente mesmo e abaixar a cabeça não é uma opção. Eu nunca vou deixar meu time sair prejudicado de forma injusta."

O pro player conta que esta é uma postura que falta no cenário. Em vários momentos, ele se vê cobrando sozinho, enquanto até mesmo as pessoas que concordam com ele, não comparecem quando é preciso.

"Há ocasiões em que me veem discutindo e até percebem que estou lutando contra algo errado, mas ainda assim, deixam pra lá ou vem concordar apenas no privado", lamentou Cutz. "Desse jeito não adianta. É preciso bater de frente onde importa, para mostrar mais força", completou.

A tal postura combativa, é algo que vem do passado de CutzMeretz. Tanto de quem ele é, quanto de quem aprendeu a ser, justamente por cincustâncias que passou quando jogava futsal. É pensando nisso que ele extende suas lutas para um âmbito geral do cenário.

"Tem muitas brigas que eu compro que não é só pela Meta. Já tive brigas por outros times também, que eu comprei porque vi que era algo errado e não poderia deixar acontecer. Até porque, tem aquela coisa: se deixarmos abrir precedentes, lá na frente fica uma bagunça generalizada", argumentou.

Foto: Meta Gaming/Reprodução

Mesmo com este estilo já cravado em si, Cutz admite que não é fácil tentar sempre tomar a frente. Ele vê que outros nomes do cenário, mesmo quando concordam com ele, não lhe dão força publicamente pois tem medo de mancharem a própria imagem e fecharem portas. Inclusive, foi algo que aconteceu com Cutz, que precisou de tempo para mudar este estigma.

"Antes acontecia muito das pessoas chegarem na discussão, viam que eu estava lá e só pensavam 'mais uma vez o Cutz brigando'. Mas depois passaram a entender o porquê de eu estar brigando e agora reconhecem que estou tentando fazer o certo. Até dizem para mim que mais pessoas deveriam falar o que eu falo, mas ainda não acontece muito. Eu brigo, mas brigo pelo certo.", disse Cutz comparando as fases da sua carreira nos esports.

Juntamente a isso, o atleta faz reflete que há momentos em que é preciso mais calma para lidar com a situação. Em um caso específico, ele fez até mesmo uma autocrítica, relembrando que se fosse hoje, talvez fizesse diferente.

"Lembro que estávamos treinando uma Overpass com a antiga line-up do MIBR e, em certo momento, eu não sei se os caras acharam que éramos um time muito inferior, mas virou uma várzea generalizada. Depois do treino, eu tive a mesma postura que teria com qualquer um e fui cobrá-los. Temos sim que respeitar onde esses caras chegaram, mas nem pra eles eu vou abaixar a cabeça. No fim das contas, o motivo da discussão que eu levantei, não acho que estava errado. Mas a forma como foi feita por mim, sim. Eu poderia, por exemplo, ter chamado um deles no privado. Porém, naquele momento, de cabeça quente, eu fui ao Twitter. E essa postura de ir ao Twitter não foi correta", relembrou Cutz sobre a polêmica que se envolveu com boltz, hoje na Imperial.

Para CutzMeretz, a cena está longe do ideal, mas é possível sim enxergar uma melhora do início do ano até hoje. Até mesmo porque, atualmente ele não se vê mais sozinho e elogia, por exemplo, a postura de Vicenzzo, Manager da ODDIK, que está sempre cobrando melhorias com ele. A ideia, daqui para frente, é manter essa evolução.

"Com os campeonatos crescendo e os times lá de fora vindo pra cá, creio que a tendência é melhorar ainda mais. Até porque, com alguns times acabam fazendo as coisas de qualquer maneira, mas quando falamos de 00Nation e paiN, por exemplo, acabam dando uma atenção maior. Se está ruim, temos que cobrar sim, mas também não quer dizer que temos que viver reclamando de tudo. É achar um meio termo que fique bom para todos os lados", finalizou.

Antes do fim da entrevista, tentamos descobrir o que é CutzMeretz. O jogador se negou a dar maiores explicações.

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