
CS:GO: Até quando profissionais e público terão que sofrer com a ESEA?
A empresa tem um largo histórico de problemas nos campeonatos e mesmo assim continua à frente de eventos importantes
O primeiro dia da etapa aberta do RMR sul-americano de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) ficou marcado por problemas técnicos na ESEA, atrasos e até insuficiência de servidores na plataforma. O fato não é uma surpresa, já que a empresa possui um largo histórico neste sentido. A pergunta que fica é: Até quando profissionais e o público terão que sofrer com a empresa?
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É verdade que ontem a bruxa estava solta e nem o CS:GO colaborou e também caiu. Mas isso não tira o fato de mais uma vez, assim que o campeonato estava pronto para começar no horário marcado, o site e a plataforma da ESEA sofreram diversos problemas técnicos e os jogos foram adiados em várias horas.
Mesmo quando tudo finalmente voltou e os times acharam que podiam jogar tranquilos, os problemas seguiram. Eram pouquíssimos servidores disponíveis para cerca de 300 times, ou seja, não conseguiam jogar todos ao mesmo tempo para agilizar a competição que já estava atrasada. Isso sem falar nas partidas em que o placar de um contou no placar de outra - como aconteceu com o influenciador Bt0 -, nos W.O. injustos e mais.
Veja algumas reclamações de profissionais e envolvidos, em relação a isso:
O mais curioso de tudo isso já nem são os problemas mais. O impressionante é que, mesmo com esses constantes erros e reclamações de profissionais e público, nada muda. A ESEA não melhora seu serviço e tão pouco é trocada por empresas que podem fazer melhor. É um looping infinito de transtornos que afetam a todos.
E quando digo todos, são todos mesmo. Primeiramente jogadores, que se prepararam para jogar às 18h e só conseguiram 3, 4, 5 horas depois. Aos profissionais de cobertura como jornalistas, streamers, narradores, social medias e mais, que estavam prontos para levar informação e entretenimento ao público. E ao próprio público, que em plena segunda-feira se programou para assistir seu time preferido e foi frustrado.
Neste primeiro dia, até mesmo um evento presencial feito pela 00Nation foi atrapalhado. A ideia era prestigiar a importância do campeonato e aproximar o público de seus jogadores. Mas quantos realmente podiam ficar lá esperando até 21, 22h em plena segunda, para ver de perto seus ídolos jogarem? Esse deveria ser o horário em que eles pretendiam sair e não começar os jogos. Neste caso, a própria 00 ficou de mãos atadas. Não havia muito o que fazer.
Sabemos que a escolha da ESEA se deve ao fato da plataforma e a ESL fazerem parte do mesmo conglomerado há muito tempo. A questão é que agora a Faceit também faz parte disso, então por que não usá-la? E antes mesmo desta junção com a FACEIT, se todos já sabem que a ESEA não consegue comportar um campeonato, o mínimo é terceirizar o serviço e não deixar que ele aconteça de qualquer maneira. Eu nem acredito que preciso escrever algo óbvio assim.
É sempre bom lembrar também que erros acontecem. Tanto empresas quanto pessoas físicas estão fadadas a errar. Mas o erro deve ser uma exceção e não uma constante, principalmente num âmbito profissional em que concorrentes conseguem fazer o mesmo serviço, com uma taxa de erro infinitamente menor. Não faz sentido um histórico ruim preceder uma empresa e ela continuar sendo solicitada, enquanto prejudica os envolvidos.
Sendo assim, pergunto novamente: Até quando ESL? Até quando ESEA?!