Joguei bem na terceira etapa na Havan, com um time reestruturado com dyNquedo e esA, mas nada que brilhasse tanto aos olhos ou que fosse fazer a diferença para sermos campeões. Por isso vocês devem imaginar a minha surpresa ao receber uma proposta da paiN Gaming.
Olhando para trás, acho que me subestimei durante vários momentos durante a minha carreira. Sempre me culpei e cobrei pelos resultados e como melhorar, só via os meus erros. É algo bom a se fazer, mas com moderação, ou você fica louco. Na Havan eu exagerei nisso, e sabotei a minha autoconfiança. Tanto a ida para a Havan quanto o convite da paiN me pegaram de surpresa, mas as pessoas viam de mim mais do que eu mesmo talvez via, por mais que eu fosse a pessoa que mais queria vencer.
Claro que ir para a paiN jogar o CBLoL era uma proposta irrecusável, mas… também poderia ser a minha ruína. Separei em dois lados: por um lado, posso ir e jogar mal, acabar com a minha carreira pelo hate da torcida, pressão da imprensa e tamanho da paiN; Pelo outro, se jogasse bem e conquistasse a confiança de todos, poderia me destacar muito. Eu estava há três splits no Circuitão sem nenhuma perspectiva de algo acontecer.
Era um all-in, eu tinha certeza disso. Poderia dar muito bom ou muito ruim, mas eu tinha certeza de que era isso que precisava.
Esse era o desafio à minha altura.
Tinha medo de dar errado, é uma organização grande, torcida imensa, mas eu precisava desse momento, vivi por essa chance, não poderia desperdiçar essa oportunidade.
Ah, e ia jogar com Robo, brTT, tinowns e esA, né? Aí que não falta motivação mesmo.
Entrar na paiN e vencer as primeiras partidas mostrou o tamanho da motivação que tenho no peito. Na Havan era legal se vencêssemos, mas não era algo obrigatório vencer o Circuitão.