Capítulo IV - Backdoor

O backdoor que cravou o lugar da paiN na história do competitivo brasileiro de League of Legends

Bruno "LeonButcher" Pereira Editor de Esports
Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil
Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil

“Não lembro de ter comentado isso antes”, diz Mylon, reflexivo.

08 de agosto de 2015. Com a torre do meio cercada pela INTZ na final do CBLoL 2015, a paiN Gaming precisa tomar uma decisão.

“Mas pra mim, a melhor jogada da história do League of Legends foi o backdoor do xPeke. Sim, até melhor do que o Zed do Faker.”

Mylon entendeu que havia vencido o jogo ao passar pela terceira torre do bot sem encostar nela, indo direto para o Nexus exposto da INTZ.

“Porque não só ele tomou uma decisão e teve coragem e atitude em seguir em frente com ela, como ele também teve a mecânica para executar.”

O Allianz Parque entendia aos poucos o que estava acontecendo. A compreensão foi contagiante, de uma pessoa para a próxima, até o estádio inteiro estar em pé e gritando.

“E ainda teve a questão da emoção, porque foi na final de um campeonato, e depois tinha os companheiros de time comemorando, o time adversário chorando.”

Ataque atrás de ataque, o Shen tanque de Mylon descia a vida do Nexus, enquanto a INTZ tentava desesperadamente voltar para a base, e o resto da paiN os perseguia para impedir.

“Então quando eu fiz esse backdoor eu realmente entendi o que aquela jogada significava.”

Com o brilho nos olhos e a taça ao alcance, a paiN finalmente conquistava o CBLoL.

“Isso sim é League of Legends.”

A paiN atravessou o véu negro que dividia a quietude dos bastidores e a luz do sol que brilhava no gramado do Allianz Parque do coro de doze mil torcedores e o palco escuro do CBLoL, com seus monitores ligados, holofotes e luzes artificiais.

O 2-0 no placar enganava, não havia sido um dia fácil. Após abrir a série com uma partida na qual sempre estiveram atrás em ouro, a paiN novamente teve que mostrar força mental no segundo jogo, vendo Yang bater no Nexus até Kami salvar sua equipe e a paiN virar após pouco mais de uma hora de jogo.

Se não tinha sido fácil para a paiN, no entanto, para a INTZ tinha sido ainda mais duro. Principalmente o segundo jogo, que estava em suas mãos. As cabeças baixas após a virada mostravam: a paiN estava dentro da cabeça da INTZ, e parecia questão de tempo para Mylon e cia. aproveitarem um erro grande dos adversários para finalmente levantar a Taça do CBLoL.

“Nossa relação com a torcida era única”, diz Dioud. “Muito do que ainda consideram a gente a melhor equipe de todos os tempos no Brasil passa por como nos conectamos com eles. Mostramos cada personalidade do time, fazíamos streams, participamos de todos os conteúdos. Não nos escondíamos, e eles sentiam isso. Hoje em dia sinto que a grande maioria dos times não tem personalidade, quase ninguém faz stream, só brigam no Twitter, você não conhece direito os jogadores, e isso só reforça o sentimento das pessoas com relação a aquela paiN.”

A equipe foi recepcionada no palco com a mesma vibração do final do segundo jogo, como se não houvesse acontecido um intervalo de tempo. O som dos batecos e o coro da torcida retumbavam a arquibancada, e vibravam o palco, numa mistura de som e sensação que confundia os sentidos, mas que no final da equação só restava um produto: adrenalina.

Todo o esforço de meses poderia ser recompensado no próximo jogo, e a paiN escolheu uma de suas composições mais fortes para terminar sua jornada.

“Shen e Twitch é uma famosa composição coreana, o ‘Submarino’”, diz Mylon. “O brTT puxou a responsabilidade ao jogar só com hyper carriers na final, e o Shen combinava perfeitamente com isso, principalmente porque a INTZ baniu o único Campeão que sabia lidar ok contra ele, o Gnar. Fiquei o draft inteiro pedindo ele, e quando fechamos a composição eu sabia que a gente tinha condições excelentes para vencer o jogo”.

Com Shen, Rek’Sai, Lulu, Twitch e Braum, a composição da paiN escalaria bem para o late game, mas mesmo no começo de jogo teriam potenciais de dive embaixo da torre adversária - e foi exatamente o que fizeram.

“Foi a melhor partida que eu joguei no campeonato inteiro”, comenta Mylon. “O final foi legal, mas o meu jogo inteiro até lá também foi impecável. Dominei a lane contra o Maokai, fiz as chamadas de dive no bot que nos deram a vantagem. Parecia uma partida que tudo o que eu fazia dava certo, engage, desengage, combo de Taunt + Flash, salvar aliados… eu estava em todo o canto”.

A paiN abriu uma vantagem considerável de ouro sobre a INTZ, e só não conseguiu o Barão porque Jockster roubou o objetivo numa bela entrada de Nidalee.

Dos males o menor para a INTZ, certo?

Errado. A INTZ gastou muita coisa para contestar o Barão, e a paiN fez questão de punir, e punir pesado o pecado da adversária, abatendo jogadores e fazendo uma verdadeira limpa na rota central, destruindo a T3, Inibidor e as duas torres do Nexus antes dos jogadores da INTZ renascerem para segurar sua base.

Com uma composição de lutar com o Twitch, a paiN não possuía a pressão de torres e objetivos que a INTZ, jogando com o fast push de Azir e Tristana, tinha. Então mesmo com a sua estrutura vital exposta, quem pressionou a base adversária foram os Intrépidos.

“Eu estava jogando de Braum, e tudo o que podia fazer era comprar tempo”, lembra Dioud. “A Tristana queria jogar as bombas na torre e levá-la rapidamente, então eu tinha que estar bem posicionado com o escudo para parar a bomba e atrasar o jogo deles. Com o zoning do Azir, era uma questão de tempo até eles levarem, então precisávamos urgente tomar alguma decisão”.

Não só a decisão foi tomada, como seria uma que criaria um dos momentos mais mágicos da história do League of Legends no Brasil.

“O split push é uma decisão muito reativa”, diz Mylon. “Você está tomando uma ação, que é pressionar uma rota lateral, mas precisa ficar completamente focado na movimentação inimiga para agir de acordo. Quando eu fui para o bot, minha intenção era fazer com que eles parassem o cerco que estavam fazendo no meio, porque uma hora a gente não ia aguentar a pressão. Queria que eles quebrassem sua formação e recuassem, porque aí o Twitch consegue entrar e pegar alguém fora de posição.”

Mas a INTZ nunca recuou.

Talvez, seja uma daquelas perguntas que fiquem na cabeça dos jogadores Intrépidos até hoje, martelando: “Por que a gente não apenas voltou?”

Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil
Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil

“No momento em que chego na T3 do bot, coloco a câmera no meio e vejo que ninguém da INTZ recuou, eu falo ‘Esse jogo acabou’”, diz Mylon. “Foi uma decisão minha, mas que apenas aconteceu pela confiança que tinha no resto da equipe. Confiar que Dioud vai segurar as torres. Confiar que o brTT vai punir pessoas fora de posição na primeira oportunidade. Que Kami vai salvar quem precisar. Que o Thúlio não terá medo de puxar o gatilho na hora que precisar. Tudo isso fez com que eu, do outro lado do mapa, tomasse a decisão de partir pro backdoor”.

Contágio.

Mylon, claro, foi o primeiro a entender que o jogo iria acabar.

Seus companheiros, os segundos.

A própria INTZ, a terceira.

Os casters, Toboco e Tixinha, os quartos.

E finalmente, doze mil pessoas no Allianz, e outras milhares em casa.

De frente para o palco, você via pessoas levantando aos poucos, colocando as mãos na boca ou na cabeça. Cutucando os amigos ao lado. Levantando aos poucos o tom de voz até as palavras se confundirem com a rapidez do acontecia. No fim, foi de Tixinha as palavras que fizeram a torcida explodir ao entender o que estavam presenciando naquele momento.

ELE VAI PRO GG! O MYLON VAI PRO GG!

E o estádio explodiu.

“Quando ele falou que ia para o Nexus, todos entenderam que o nosso único papel era caçar o primeiro que estivesse na nossa frente e impedir ele de voltar para a base”, lembra Thúlio.

“A torcida fazia tanto barulho que era quase impossível se comunicar durante aqueles segundos da jogada”, diz Dioud. “E eu não estava prestando atenção na tela dele, estava perseguindo o Yang para impedir a sua volta.

“Mas demorava uma eternidade”, ri Thúlio”. “Lembro de perguntar e ele responder que estava quase acabando, aí ele emendou um ‘já estou em 50%’, e eu pensei ‘meu deus ele tá de sacanagem, né?!’.”

“Eu era um Shen tanque sem qualquer item de dano fazendo um backdoor”, diz Mylon. “O único backdoor que as pessoas conheciam na época era o do xPeke de Kassadin, e muitas pessoas nem conheciam essa jogada. Por isso também que essa jogada é tão especial. Quando elas começaram a reparar que eu estava finalizando o jogo, elas não conseguiam acreditar no que estavam vendo. ‘Olha que loucura, tem um Shen levando o Nexus’. Para o leigo de League of Legends, com certeza eles falavam ‘Mas calma, ele pode fazer isso?! Ele pode simplesmente ir lá e acabar com o jogo?!”

Que porra é essa?!

A INTZ tentava de qualquer maneira voltar para a base, mas SirT, Kami, brTT e Dioud os perseguiam de maneira implacável, como se a série estivesse 2-2 e aquela fosse a última oportunidade de vencer o título.

“E então o Mylon começou a contar a porcentagem da vida do Nexus para nós”, diz Dioud.

40%... para a torcida explodir como nunca se viu;

30%... para a equipe que seria desfeita provar o seu valor;

20%... para os jogadores sentirem que todos os sacrifícios valeram a pena;

10%... para entrar para a história.

E então as câmeras da partida dos jogadores foram puxadas para o Nexus da INTZ explodindo, e os jogadores explodiram junto.

“E então você tira o fone e é a primeira vez que você realmente ouve a torcida”, diz Dioud. “Você pula e grita com seus companheiros, enquanto os fãs fazem o mesmo se abraçando nas arquibancadas… e você entende que não está sozinho nessa história, sabe? Não foram apenas seis caras que ganharam aquele título, foram milhares, juntas. Quando chegamos no palco e vimos todos pulando, gritando, levantando placas, batendo palmas… foi muito mágico compartilhar isso com eles”.

“A partida ter acabado da maneira que acabou foi surreal, atípica”, diz Mylon. “Pra mim era simples: eu puni o erro da INTZ. Mas quando vejo as pessoas falando sobre a jogada e o quão insana ela foi, vejo o peso que ela tem na história. Acabou sendo a melhor jogada do League of Legends brasileiro, e não sei se em algum dia vai ter uma jogada a altura. Foi ridícula, foi atípica. Fico muito feliz de ter sido quem fez essa jogada. Realmente dei o meu sangue por esse jogo, e aquilo ali foi, talvez, uma forma de recompensa. Aquela oportunidade de eu aproveitar o momento, só eu e o Nexus, o time e a vitória, a história e o título. Uma recompensa por toda a dedicação e disciplina por esse jogo”.

“Fiquei muito aliviado quando finalmente levantamos a Taça do CBLoL”, diz Kami. “É uma carreira muito tensa… você treina meses, e tudo é definido em uma única série, em segundos durante a partida, e isso resume o trabalho de um ano inteiro. É quase que injusto. Então quando a gente ganha a minha comemoração é ficar no meu mundo, pensando que valeu a pena tudo. Você respira, é uma sensação de alívio.

“A gente ganhou a final, comemorou, e aí o Melão me entrevistou no palco e eu estava muito pilhado ainda”, lembra Kami. “Depois da entrevista eu sentei na frente do palco e fiquei olhando as doze mil pessoas, a galera se levantando e indo embora, e eu fiquei olhando e pensando “caracas, isso acabou de acontecer mesmo”, foi muito difícil de processar, foi mágico.”

Não dá pra entender que você está fazendo parte da história quando você está vivendo ela
Kami

E então, MiT, Mylon, SirT, Kami, brTT e Dioud atravessaram o véu preto que dividia o barulho da torcida e os confetes amontoados no chão do gramado do Allianz Parque em uma tarde ensolarada.

Com a adrenalina finalmente baixando e deixando o corpo sair do seu estado de alerta máximo, os jogadores aos poucos desabaram. Uns em lágrimas de felicidade e dever cumprido, outros deitaram no chão, sem forças nas pernas e resumindo honestamente o cansaço que o corpo sente quando o esforço vem da mente e do coração.

Aquela paiN Gaming de 2015 continuaria a escrever sua história ao vencer o IWCQ 2015 para avançar para o Campeonato Mundial de League of Legends, no qual venceu duas partidas na Fase de Grupos e, por pouco, não levou uma terceira que os classificaria para as Eliminatórias, no que ainda é o melhor desempenho da região brasileiras em palco internacional.

A equipe se separou no final de 2015, com a saída de Dioud após o Mundial, uma escolha tomada pela equipe.

BrTT seguiu o companheiro ao final de 2016, depois de ficar um tempo na reserva de Atirador.

MiT e SirT saíram após a Primeira Etapa de 2017, cada um para um projeto diferente.

Já Mylon e Kami ficaram na equipe para chegar a mais uma final, na Segunda Etapa de 2017, mas foram derrotados pela Team One por 3-1. Após o campeonato, ambos anunciaram aposentadoria do competitivo de League of Legends.

Em 2020, Kami anunciou seu retorno ao competitivo.

Independente de onde estejam e o que estejam fazendo em suas vidas, MiT, Mylon, SirT, Kami, brTT e Dioud sempre serão lembrados pelos feitos da paiN 2015.

Uma equipe com personalidades tão fortes e tão distintas, mas que se uniram por um só objetivo.

Uma equipe que orgulhou sua torcida e o Brasil todo, conquistando 18 vitórias seguidas no caminho para a melhor atuação brasileira no Mundial.

Uma equipe que entrou para a história por sua vontade de vencer, contra tudo e contra todos.

Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil
Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil

Muitas pessoas se dedicam e se esforçam, e muitas delas não conseguem nada. Em todos os esportes é assim. Fico emotivo de lembrar daquele título, porque nós sacrificamos muita coisa juntos, mas pessoalmente, naquele momento, não tinha ninguém que se dedicava mais no LoL do que eu. Foi um esforço que demandou mais do que eu achava que conseguiria entregar, mas porque foi de coração, foi de alma.

Tudo nessa vida a gente tem que levar como aprendizado. Não importa se foi uma experiência ruim ou boa, precisamos extrair algo bom disso, se não a gente não aproveita tudo o que pode da vida. E aquele time, por mais que tenhamos tido alguns momentos ruins, eu só trago coisas positivas. Foi o time mais divertido e atípico que tive na vida, nós éramos todos muito diferentes, e fizemos funcionar pela vontade de todos.

Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil
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Eu tenho nostalgia toda vez que reflito sobre esse período, e às vezes fico me perguntando se isso é tão bom. Me pergunto se é positivo ou negativo na minha vida. Mas eu boto na balança e sempre sai positivo. Foi um momento absurdo. Nenhum jogador daquele tempo esperava por isso. Nunca foi fácil ser profissional de esporte eletrônico, mas era uma época que a gente passou por inaugurar gaming house, não receber salário, largar família para viver o sonho, muitos sacrifícios. E de todos nós só realmente conseguimos realizar o sonho quando a gente levantou aquela taça.

Nunca imaginei sair de Recife para rodar o mundo, e a paiN e o League of Legends me permitiram isso. Só tenho a agradecer por ter vivido tudo isso. As experiências que tive, as amizades que fiz, que sempre me retornam uma energia muito boa, e deixam sua vida mais leve e mais feliz. Você pode escolher parar no tempo e querer que ele voltasse, ou você pode relembrar tudo com uma alegria e gratidão imensas e seguir com seus planos e a sua vida, e é este segundo que eu faço hoje.

Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil
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Foi com certeza a minha melhor experiência de todas da minha carreira. Foi o melhor momento da minha vida aqueles meses do começo da Segunda Etapa até o Mundial. Sou parcial, mas acho que a final de 2015 foi a mais legal até agora, talvez por ser num estádio de futebol, com 12 mil pessoas, etc. Foi um momento muito histórico. Sempre vai ter um lugar especial no meu coração e no das pessoas do cenário. Foi um momento que todos se tocaram que aquilo era maior do que apenas um jogo.

Sempre vou ter um carinho muito grande por essa época, eram tempos muito diferentes, as coisas eram mais amadoras, tanto para o bem quanto para o mal. Me sinto muito feliz e realizado de ter feito parte dessa história. Não só dessa final, mas também desde o começo de tudo mesmo, 2011, 2012, nunca imaginamos que poderia ser tão grande, não tínhamos referência alguma do que poderia ser esportes eletrônicos. Quando comecei a jogar eu nem sabia o que era isso. Fazer parte disso foi surreal.

Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil
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Tenho muito orgulho de ter participado de um momento tão histórico, inesquecível para o cenário, como foi o CBLoL de 2015, aquela final no Allianz Parque, o Mundial na sequência... Poder fazer parte dessa história é muito gratificante, porque foi um marco pro cenário pela magnitude que ele teve, os jogos históricos, a energia de todos. Saber que fiz parte disso tudo é um orgulho muito grande.

Construímos uma história muito bonita de companheirismo, esforço e superação de brigas, medos e outros problemas, tudo em nome da vitória. A partir daquele dia, o CBLoL virou parte de uma aspiração muito maior, que é voltar ao Mundial e representar o Brasil melhor do que fizemos naquela época. Foi um marco para a minha carreira.

Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil
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A primeira coisa que passa pela minha cabeça é muito orgulho de ter feito parte dessa história. Aquele time tinha tudo pra conseguir fazer uma grande história, seja como cinco jogadores, organização, torcida, final no Allianz Parque... Tínhamos todos os ingredientes, mas de nada adiantaria se não tivéssemos levantado a taça.

Todas as nossas conquistas foram uma consequência de muito trabalho e vontade. Olhando para trás ainda não consigo acreditar às vezes que fizemos tanta coisa. Eu chegando no Brasil no começo de 2015 sabendo que o Mundial iria ser na França nunca perderia essa oportunidade, eu tinha que ir lá. Fui pro outro lado do mundo pra jogar League of Legends e conquistar tudo e me levar de volta pra França. A palavra é apenas “orgulho”.

Foto: Bruno Alvares | Riot Games Brasil
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Gabriel "MiT" Souza

Sou muito saudosista com esse dia, porque foi o dia que mudou a minha vida. Ele reflete tanto cinco anos antes, quando o cenário estava apenas começando, e também cinco anos depois, aonde cheguei, no que apostei todas as minhas fichas e onde me encontro no atual momento da minha vida.

O LoL é muito grande hoje, claro, mas naquela época não tinha o tanto de atenção que tem hoje. Quando olho para este CBLoL me vem um orgulho muito grande no peito. A história de todos nós caminha junto com o LoL no Brasil, se confundem. Então naquele campeonato, os deuses do League of Legends fizeram questão de nos unir e nos colocar no maior palco da história do jogo no país e falar: “Obrigado por tudo. Vão lá e conquistem isso, vocês mereceram”.

FIM
Bruno "LeonButcher" Pereira - The Enemy
Publicado 29 de Agosto de 2020
Texto Bruno "LeonButcher" Pereira
Tecnologia Igor Esteves, Eliabe Castro e Thays Santos
Imagens Bruno Alvares e Pedro Pavanato (Riot Games Brasil)